Biologicamente Vivo!!!

Wednesday, December 13, 2006



Parturientes passam a poder dar sangue do cordão umbilical

As grávidas portuguesas vão ser convidadas já este ano a doar o sangue do cordão umbilical do seu bebé. Esta dádiva, que ficará depois à guarda do Estado, poderá ter um papel importante no tratamento de algumas situações, como o transplante para pessoas, adultos e crianças, com cancros e linfomas. Isto, caso o sangue reuna as características necessárias. A amostra será crio-preservada e guardada no Centro Regional de Sangue do Porto, que irá receber o primeiro Banco Público de Sangue do Cordão Umbilical.
Substituto de nicotina pode aumentar risco de má-formação do bebéEstudo da Universidade de Valência

O uso dos substitutos de nicotina (pastilha elástica ou adesivos) durante as 12 primeiras semanas de gravidez parece originar um leve aumento no risco do bebé nascer com alguma deficiência, de acordo com um estudo abrangente realizado pela Universidade de Valência, Espanha. Num estudo elaborado com grávidas e seus recém-nascidos, a equipa liderada pela médica Maria M. Morales-Suarez-Varela entrevistou 76.768 mulheres, entre a 11ª e 25ª semana de gravidez, efectuando um levantamento sobre os hábitos de tabagismo e de uso de substitutos de nicotina durante as 12 primeiras semanas de gestação. Ao todo, foram avaliados 20.603 partos de mães fumadoras e 56.165 de mães não-fumadoras. Os especialistas observaram um índice de "relação relativa de prevalência" de má-formação congénita de 1,1 entre as fumadoras. Neste grupo, o índice de lábio leporino ou má-formação do sistema circulatório ou digestivo foi de 1,2 a 1,5. Entre as que não fumaram na gravidez, mas usaram os substitutos de nicotina nas primeiras 12 semanas, a "relação relativa de prevalência" de má-formação congénita foi um pouco maior (1,61), em comparação com as não-fumadoras.
Infecções normais na grávida ou na criança podem desencadear Cancro na infância

As infecções comuns que afectam grávidas e recém-nascidos podem ter um papel importante no desenvolvimento de certas doenças, tais como o cancro, alerta um estudo publicado na revista especializada European Journal of Cancer. O estudo, liderado por Richard McNally, da University of Newcastle, na Grã-Bretanha, analisou três mil casos de cancro infantil, em crianças dos zero aos 14 anos, num período entre 1954 e 1998. Foi descoberto que dois tipos de cancro, Leucemia e Cancro no Cérebro, ocorriam repetidamente em crianças, em épocas e localizações geográficas específicas. Este "agrupamento espaço-temporal" dos casos é um padrão típico de Doenças Infecciosas, o que dá peso à teoria de que as epidemias poderiam ter relação com o aparecimento de casos de Cancro. "Descobrimos que o local de nascimento era particularmente importante, o que sugere que uma infecção na mãe, durante a gravidez, ou na criança, nos seus primeiros anos de vida, pode ser um factor desencadeador de Cancro", disse Richard McNally, líder da investigação. "Estas podem ser doenças comuns, sem gravidade, que não são nem mesmo motivo de consulta com o médico, como uma constipação, uma gripe fraca ou um vírus no sistema respiratório", explicou o cientista, acrescentando que "De qualquer forma isto pode levar ao cancro apenas em indivíduos que já possuem células mutantes, dado que o vírus pode atingir esta célula mutante e causar uma segunda mutação, estimulando o início de casos de cancro como Leucemia ou Tumor no Cérebro".
Novo medicamento retarda ejaculação precoce Fármaco está a ser avaliado pela FDA

Depois do Viagra, que age contra a impotência, acaba de ser ensaiado com êxito nos Estados Unidos um novo medicamento que irá melhorar o desempenho dos que sofrem de ejaculação precoce. A nova substância, chamada dapoxetine, foi apresentada recentemente na assembleia-geral anual da Associação Americana de Urologia. No estudo participaram 2.614 homens com idades entre 18 e 77 anos, com a mesma parceira há mais de seis meses e sofrendo de ejaculação precoce. Parte deles tomou 30 miligramas e outra 60 miligramas de dapoxetine durante 12 semanas, enquanto que alguns receberam placebos. Os resultados do ensaio mostraram que o medicamento permitiu retardar três a quatro vezes o tempo que precede a ejaculação. Segundo os cientistas, 27 a 34 por cento dos homens sofrem de ejaculação precoce, diagnosticada em geral quando a ejaculação ocorre nos primeiros dois minutos do acto sexual, ou até antes da penetração. O laboratório que o desenvolveu é o Ortho-McNeil Pharmaceutical, filial do grupo Johnson & Johnson. A FDA, agência reguladora dos medicamentos nos Estados Unidos, está a considerar uma autorização de comercialização.
Endometriose afecta cerca de 700 mil portuguesasDoença pouco conhecida dos médicos, aponta Associação Portuguesa de Endometriose

A endometriose, doença que provoca dores durante a menstruação, afecta cerca de 700 mil portuguesas, mas permanece quase desconhecida dos médicos, dificultando o seu tratamento, critica uma associação de doentes que realizou esta semana uma iniciativa pública de informação. Ana Cristina Chaves, presidente da Associação Portuguesa de Endometriose, atribuiu o desconhecimento da doença à "falta de sensibilidade" de médicos e doentes. "Considera-se que é normal a mulher ter dores durante o período e não se procura saber o que as provoca", disse Cristina Chaves. De acordo com a associação, a endometriose é uma doença de causa desconhecida que se caracteriza pelo crescimento das placas de tecido endometrial, que normalmente só se encontra no revestimento interno uterino (endométrio), fora do útero. Além de menstruações dolorosas, a endometriose pode provocar dores durante e após as relações sexuais, é um factor de risco para o cancro do ovário e está associada à infertilidade em 20 a 40 por cento das doentes, explica a associação. Ana Cristina Chaves salientou também que o desconhecimento da doença leva a que demore, em média, cerca de oito anos a ser diagnosticada. A doença, que afecta cerca de 15 por cento das mulheres em idade fértil, possui vários graus, podendo, nos casos mais severos, obrigar à histeroctomia.
Criação de espermatozóides e óvulos artificiais......dentro de dez anos

Espermatozóides e óvulos artificiais vão poder ser utilizados dentro de uma dezena de anos nos tratamentos contra a esterilidade, segundo as investigações sobre células estaminais embrionárias conduzidas por cientistas britânicos.
De acordo com os estudos liderados por Behrouz Aflattoonian e Harry Moore, da Universidade de Sheffield, referidos no «Times», no futuro vai ser possível produzir células estaminais germinais (ou reprodutoras), as células que estão na origem dos espermatozóides ou dos óvulos, a partir de células estaminais embrionárias.
Uma vez obtidas as células estaminais germinais, a técnica ideal seria implantá-las nos testículos do homem ou nos ovários da mulher, um ambiente em que as condições hormonais seriam favoráveis ao desenvolvimento final dos espermatozóides e óvulos pretendidos.
Será também necessário um processo de clonagem terapêutico para garantir que as células estaminais germinais assim implantados tenham a assinatura genética do portador. Segundo os cientistas, dentro de dez anos irá ser possível utilizar a técnica. Estudos anteriores realizados em ratos nos Estados Unidos e no Japão já tinham provado que era possível criar células estaminais germinais a partir de células estaminais embrionárias.
Estudo liga lesbianismo a hormonasLésbicas são mais propensas a terem ovários poliquísticos

Um estudo apresentado na Conferência de Embriologia e Reprodução Humana da Sociedade Europeia sugere que as mulheres lésbicas possuem duas vezes mais problemas hormonais do que as mulheres heterossexuais. Embora possa ser polémico, o trabalho reforça a teoria de que o desenvolvimento sexual pode estar ligado a uma questão hormonal. Os dados foram recolhidos durante pesquisas de um laboratório londrino sobre problemas de fertilidade e sobre a síndroma de ovário poliquistico (PCOs). Sabe-se pouco sobre a origem da síndroma – doença que atinge uma em cada dez mulheres –, mas acredita-se que esteja relacionada com o excesso de hormonas masculinas no sangue. Os médicos identificaram que muitas mulheres sob tratamento sofriam da síndroma de ovário poliquistico ou de problemas menos graves ligados ao funcionamento do ovário. Os investigadores descobriram que 80 por cento das mulheres lésbicas apresentavam sintomas ou problemas ligados ao ovário, enquanto os mesmos problemas atingiam apenas 32 por cento das heterossexuais. Os casos de ovário poliquisticos foram registados na ordem de 38 por cento das lésbicas e de 14 por cento entre as heterossexuais. A autora do estudo, Rina Agrawal, directora da London Women´s Clinic e The Hallam Medical Centre, examinou 618 mulheres que procuraram a clínica de fertilidade entre Novembro de 2001 e Janeiro de 2003. Entre estas mulheres, 254 eram lésbicas e 364 eram heterossexuais. Nenhuma das mulheres examinadas sabia que tinha problemas nos ovários, mas 15 por cento tinham sido tratadas previamente a sintomas relacionados com a doença como períodos irregulares e acne. Na população europeia, estima-se que a doença dos ovários poliquisticos (PCO) exista em 22 por cento das mulheres, enquanto o PCOS atinja entre 10 a 15 por cento, enquanto que 40 por cento das mulheres que procuram tratamentos de fertilidade sofrem deste mal. No entanto, para a investigadora não existem provas de que a síndroma de ovários poliquistico possa ser apontada como uma das causas do lesbianismo. No entanto, é possível, segundo adianta, ligar o desequilíbrio hormonal aos dois factores: ao lesbianismo e à incidência de ovários poliquisticos. Estudos anteriores já relacionaram a opção sexual ao desequilíbrio hormonal. A principal teoria é que a exposição, a altos níveis, a certos tipos de hormonas no início da vida, talvez mesmo na gravidez, possa influenciar a opção sexual.
Rejuvenescimento Vaginal com Laser Novidade apresentada em Conferência Internacional

A Cirurgia de Rejuvenescimento Vaginal com Laser foi apresentada na Conferência Internacional de "Avanços e controvérsias no Laser médico e cirúrgico" que decorreu na semana passada em Barcelona. Javier del Pozo, especialista em Cirurgia Laparoscópica do Centro Médico Teknon, em Barcelona, explicou que "ainda que pareça uma frivolidade, a cirurgia íntima soluciona problemas outrora escondidos" pelas mulheres, com o a perda de prazer durante o coito ou a incontinência urinária, consequência em muitos casos de vários partos. A técnica consiste no estreitamento da vagina numa operação que se realiza com anestesia epidural. Depois da operação, que dura menos de uma hora, a paciente tem que permanecer 24 horas no hospital e esperar entre um 45 e 60 dias antes de retomar as relações sexuais. O especialista frisou que, na maioria dos casos, as mulheres reportam ter mais prazer sexual depois da operação. Num estudo apresentado na conferência, Del Pozo explica que 75% das mulheres submetidas a esta cirurgia declara-se "totalmente satisfeita" e 20% "bastante satisfeita". Mais de 230 especialistas de 45 países participam na conferência onde foram analisadas questões como o diagnóstico precoce do Cancro da Pele e novos sistemas de localização, por luz ultravioleta, de processos tumorais em órgãos como os pulmões ou o sistema nervoso.
Avó deu à luz duas netas em vez da filhaJovem americana nascera sem útero e a mãe ajudou-a na gestação das filhas
Uma avó americana deu à luz, na semana passada, as próprias netas, por a filha não ter podido fazer a gestação (tempo que medeia entre a concepção e o parto). Sharon Dunn, de 48 anos, tinha prometido à sua filha, Trish Roberts, de 25 anos, ser gestante dos seus filhos, quando descobriram, há 11 anos, que a filha tinha nascido com uma anomalia rara, isto é, sem útero (órgão do aparelho genital feminino onde, normal mente, se desenvolve o embrião). Na semana passada, Sharon Dunn cumpriu a promessa, entregando à filha as duas meninas que trouxe ao Mundo. "Havia prometido à Trish, quando ela tinha 14 anos, que o faria por ela, se fosse possível. Foi há muito tempo que preparámos isso", declarou Sharon Dunn à cadeia de televisão norte-americana ABC. As pequenas Kaitlyn e Shelby foram concebidas "in vitro", antes dos embriões terem sido implantados no útero de Sharon Dunn. Nasceram no passado dia 10, em Rapid City, no Dakota do Sul (centro dos EUA). "Trish et Mike forneceram os ingredientes. Eu limitei-me a fazer a cozedura", exemplificou Sharon Dunn, gracejando. "Foram implantados dois embriões. Havia 50% de hipóteses de êxito. Resultaram os dois", afirma Trish Roberts. Interrogada sobre a relação que mantém com as netas, a mãe-avó é muito clara: "São as minhas netas. Não são os meus bebés. Hei-de amá-las sempre com ternura". Sharon Dunn revelou que a gravidez decorreu da melhor maneira. Este facto é relevante, considerando que aquela mulher tinha estado grávida, pela última vez, há 23 anos. "É um autêntico milagre", comentou Sharon Dunn. Trish Roberts e o marido, Mike, viveram experiências frustrantes, tentando adoptar uma criança, há três anos. Nessa altura, alguém lhes falou de uma mulher, Arlette Schweitzer, que tinha feito a gestação de duas netas (gémeas), por a filha, Christa Uchytil, o não poder fazer. Foi então que o casal propôs a Sharon Dunn que concretizasse a antiga promessa. Tinha acontecido em 1991. Num sábado, Arlette Schweitzer deu à luz Chad e Chelsea, filhas de Christa e Kevin, também de Rapid City. Esse casal voltou ao hospital, no domingo passado, para verem as filhas-netas de Sharon Dunn e filhas de Trish e Mike. No passado dia 10, Kaitlyn e Shelby nasceram por cesariana e estiveram nos cuidados intensivos do departamento de neonatologia do Hospital Regional de Rapid City. O parto foi de manhã. Kaitlyn nasceu primeiro. Pesava cerca de três quilogramas. Shelby nasceu um minuto mais tarde, com um 1,7 quilogramas.
Bebés com genes de três progenitores

Trinta bebés resultantes da fecundação artificial por um método novo possuem, pelo menos potencialmente, genes de três progenitores biológicos, o que está a levantar problemas éticos, nos EUA e em Israel. Um diário israelita refere que este é um novo processo de fecundação, destinado a casos raros de esterilidade, praticado apenas num hospital de Israel e em outro nos Estados Unidos. Um médico norte-americano e um israelita concluíram que, quando os embriões de destroçam antes mesmo de poderem ser implantados, o problema reside no citoplasma - o material que envolve o núcleo do óvulo e conduz a sua evolução, após a fecundação. Numa série de experiências os médicos injectaram nos óvulos das mulheres em tratamento citoplasma de dadoras. Esses citoplasmas contém, entre outras coisas, mitocôndrios. Esses mitocôndrios têm o seu DNA próprio, donde a criança que nasce por esta forma de fecundação possui potencialmente genes da mulher estéril, do homem cujo sémen fecundou o óvulo, e da dadora do citoplasma. O principal problema ético põe-se em relação aos descendentes destas crianças, nos quais podem produzir-se alterações genéticas estáveis.


Novo programa de Luta Contra a Sida em discussão a partir de DezembroDeclarações de Henrique Barros lançam celeuma

Um novo programa de prevenção e combate à Sida vai ser colocado em discussão pública, a partir de 1 de Dezembro, segundo o coordenador nacional da luta contra o VIH/SIDA, Henrique Barros, que admitiu o “falhanço” do actual programa.
"Os resultados mostram claramente que sim", respondeu Henrique Barros quando questionado pela Lusa sobre se o programa ainda em curso tinha falhado.
O responsável adiantou que o futuro programa começará a ser discutido junto de técnicos até 1 de Dezembro e nessa data terá início o debate público formal sobre a proposta do Governo, cujo conteúdo não avançou.
Henrique Barros garantiu, no entanto, que as contenções na área da Saúde não afectarão o fornecimento de medicamentos de última geração de combate à SIDA nos hospitais portugueses. No entanto, em entrevista à Lusa, o especialista em Medicina Interna, Eugénio Teófilo, afirmou que algumas administrações hospitalares exercem "pressão" para que não se adquiram determinados medicamentos por serem mais caros. Sem especificar quais as administrações, disse que, no entanto, desconhece qualquer normativa do Governo nesse sentido.
Em reacção às declarações de Henrique Barros, também as associações “Abraço”, “Positivo” e “Sol” afirmam estar "à beira da ruptura" por falta de financiamento e "na eminência de fechar as portas aos projectos já aprovados". Em Portugal, o Programa das Nações Unidas para a SIDA (ONUSIDA) aponta para a existência de 32 mil pessoas infectadas.


«Pai» do primeiro bebé proveta pede proibição da clonagem humana
Um dos cientistas britânicos responsáveis pelo nascimento do primeiro bebé proveta pediu em Pequim a proibição da clonagem de seres humanos, considerando que a técnica, além de insegura, viola as leis da natureza. O professor britânico Robert Edward, considerado um dos pais do primeiro bebé proveta, fez ontem esta recomendação durante uma reunião com colegas chineses, que pediram "uma forte censura da sociedade" à clonagem humana. Edward é um dos membros da equipa que realizou a fecundação "in vitro" e o nascimento, em 1978, do primeiro bebé proveta, a inglesa Louise Brown. "A técnica do bebé proveta não tem nada a ver com a clonagem, através desse procedimento pode-se trazer felicidade à mulheres estéreis", sublinhou Edward, que não acredita ser possível deter a clonagem quando o mundo a considerar segura. Edward acredita que o debate sobre a clonagem humana será suscitado verdadeiramente quando uma parte da comunidade científica der "luz verde" a essa técnica, ao considerar que se podem fazer clonagens seguras nas quais não existam malformações fetais nem mortes, algo que ainda não pode ser controlado. Para o cientista britânico é necessário "suspender a clonagem" porque é um desafio à natureza, e a comunidade internacional deve estar em estado de alerta perante essa técnica. O investigador demonstrou a sua preocupação pelo atrevimento do ginecologista italiano Severino Antinori, que anunciou que o primeiro ser clonado pode nascer dentro de oito meses. "A clonagem de seres humanos é uma técnica de propagação vegetativa. Choca com as teorias da origem da vida", alertou Edward numa mensagem implícita ao seu colega Antinori. Antinori anunciou a 5 de Abril, em Roma, que o primeiro ser humano clonado está prestes a nascer, já que a mulher que o carrega na barriga está na oitava semana de gestação, segundo informou nesse mesmo dia a edição online do semanário britânico New Scientist. Segundo o médico italiano, conhecido como o pai dos meninos impossíveis, "cerca de cinco mil casais estão envolvidos neste projecto", já que na clonagem humana se "podem controlar os riscos antes de o embrião ser implantado". Em declarações ao jornal dos Emirados Árabes Unidos "Gulf News", Severino Antinori disse não entender a oposição à clonagem. "Parece que temos medo da investigação. A energia atómica e a clonagem podem ser utilizados com fins benéficos para a humanidade".


«Esse espermatozóide é meu»

Uma cientista que deseja ser mãe, experimentando em si própria a microinjecção, nova técnica de reprodução em que tem trabalhado, é o tema de «Esse Espermatozóide é Meu», que estreia amanhã, quarta-feira no Teatro da Trindade, Lisboa.
Baseada na peça «An Immaculate Misconception», do biólogo norte-americano Carl Djerassi - que inventou a pílula contraceptiva e há alguns anos abandonou a ciência para se dedicar à dramaturgia - a peça aborda várias questões em torno das novas técnicas de reprodução.
Chegado ao final da primeira parte da peça, o público - que à entrada recebeu cartões picotados e um questionário com três perguntas para que decida se o pai da criança é Marcelo, Filipe, ou se Helena é mãe solteira - é chamado a votar, através do apelo de cada um dos actores, e escolhe qual o final para a peça.
Com interpretações de Paulo Matos, Mafalda Vilhena e do brasileiro Edwin Luisi, a peça, que tem cenografia de Catarina Amaro, figurinos de Rafaela Mapril e banda sonora de Jorge Henriques, vai estar em cena até 30 de Maio.


Relacionado risco de Aborto Espontâneo a idade do paiEstudo publicado na revista Obstetrics & Gynecology

O aumento na idade do pai associa-se de forma significativa ao aumento da taxa de Aborto Espontâneo, que ocorre antes da 20ª semana de gestação, refere um estudo publicado na revista Obstetrics & Gynecology. Uma equipa internacional conduzida por investigadores da Mailman School of Public Health, Columbia University, e do New York Psychiatric Institute analisou uma vasta base de dados que contem informações sobre os progenitores e concluiu que as mulheres com companheiros de 35 anos ou mais têm quase três vezes mais abortos espontâneos em comparação com mulheres que concebem filhos de homens com 25. De acordo com o estudo, este efeito não depende da idade da mulher e não é explicado por outros factores como diabetes, tabagismo ou abortos anteriores. "Existem inúmeros estudos que relacionam determinadas características da mulher e como estas afectam a gravidez, e claro que são trabalhos muito importantes, mas os médicos parecem ter-se esquecido que os homens são parceiros na reprodução", comentou a cientista Karine Kleinhaus, principal autora do trabalho. Além de terem sido analisados dados de entrevistas realizadas com 13.865 mulheres, foram também estudados dados do registo do Estudo Perinatal de Jerusalém, derivado de 92.408 nascimentos ocorridos em Jerusalém entre 1964 e 1976. Estudos anteriores da mesma equipa já tinha demonstrado que as companheiras de homens mais velhos sofrem mais de Pré-Eclampsia e também encontraram uma relação entre filhos de homens mais velhos e uma maior probabilidade de desenvolver Esquizofrenia. "Isso não é tão surpreendente, já que outros cientistas já tinham demonstrado que homens mais velhos têm mais anomalias nos espermatozóides", observa Kleinhaus.


Virgindade questionada por estudo norte-americanoAbstinência não evita doenças sexualmente transmissíveis

São adolescentes norte-americanos, defendem a abstinência sexual e a virgindade até ao casamento - uma teoria que o Presidente George W. Bush também apoia -, mas têm índices de contágio de doenças sexualmente transmissíveis (DST) muito semelhantes aos que têm vida sexual activa.
O estudo concentrou-se sobre a vida sexual de 12 mil adolescentes, entre os 12 e os 18 anos. As estatísticas de DST entre estes jovens e os que têm vida sexual activa são semelhantes, dizem os investigadores. O estudo refere que a taxa de infecção de DST entre adolescentes brancos abstinentes é de 2,8 por cento e de 3,5 para os sexualmente activos.
Entre os hispânicos é de 6,7 para 8,6 por cento. Entre os jovens negros a taxa é de 18,1 para os abstinentes e 20,3 para os outros. E, por fim, entre os asiáticos, os defensores da virgindade têm uma média mais alta que os outros: 10,5 contra 5,6 por cento.
Do ponto de vista estatístico, os números são iguais para os dois grupos, defende Peter Bearman, da Universidade de Columbia, co-autor do inquérito com Hannah Bruckner, de Yale.
O problema, refere o estudo, é que os defensores da virgindade usam menos preservativos do que os outros. «A mensagem é simples: Dizer não pode funcionar a curto prazo, mas não a longo», declara Peter Bearman.
Fonte: Público

Tuesday, December 12, 2006

GENÉTICA

As Leis de Mendel

A teoria de Darwin sobre a seleção natural foi brilhante até onde pôde, mas logo se chocou contra um obstáculo sério. Segundo as observações de Darwin, as características pessoais são passadas dos pais para sua prole em medidas iguais: dessa maneira, uma mãe inteligente e um pai estúpido produziriam filhos de inteligência mediana. Isso colocou um problema para a seleção natural. Pois ainda que um indivíduo "superior" aparecesse em uma espécie, essa característica superior seria gradualmente diluída através da reprodução. Mesmo Darwin ficou engasgado com isso, e em resposta modificou sua teoria, incorporando a proposição de Lamark de que a forma de criação, assim como a natureza, deve guiar o desenvolvimento individual.
Então surgiu Mendel que formulou as seguintes leis:

  • Dois alelos de um gene4 segregam-se aleatoriamente para os gâmetas, de modo que metade dos gâmetas possui um dos alelos e a outra metade possui o outro alelo do mesmo gene-LEI DA SEGREGAÇÃO FACTORIAL;

  • Alelos de genes diferentes segregam-se independentemente durante a formação de gâmetas- LEI DA SEGREGAÇÃO INDEPENDENTE DE CARACTERES.

DÚVIDAS

  • Como é que um casal sabe que não pode ter filhos?

Um casal sabe que não pode ter filhos quando não consegue gravidez após um ano de tentativas reais sem recorrer a contraceptivos.

  • A idade influi na infertilidade?

Muito. Casais onde a mulher tem mais de 35 anos têm maior dificuldade em engravidar mesmo usando as mais modernas técnicas de reprodução assistida. Por isto que as principais sociedades médicas de infertilidade no mundo inteiro recomendam que as mulheres engravidem pela primeira vez antes dos 35 anos de idade.

  • Existe um tratamento eficaz que possa modificar esse quadro?

Sim. Hoje em dia as técnicas de reprodução assistida oferecem altas taxas de sucesso em quase todos os casos de infertilidade. Em mulheres abaixo de 35 anos de idade a chance de o tratamento dar certo é de mais de 55%.

  • Quais são as novas técnicas apresentadas para combater a infertilidade?

A grande revolução do tratamento da Infertilidade é a ICSI, Injeção do Espermatozóide dentro do óvulo.

  • Há algum tipo de prevenção contra a infertilidade?

Sim. Uma das causas frequentes de infertilidade são as doenças sexualmente transmissíveis. Nestes casos o que os médicos recomendam é que as mulheres, e por que não os homens, tenham uma vida sexual saudável.

MICROINJEÇÃO


Hoje é a melhor técnica de tratamento da infertilidade atingindo até 60% de êxito em mulheres com menos de 35 anos. Esta técnica também permite uma esperança para homens que nunca teriam a possibilidade de ter filhos. Os espermatozóides são obtidos através de colheita natural ou aspiração do epidídimo ou extraídos do testículo. Um destes espermatozóides é injetado diretamente dentro do óvulo e os embriões são implantados no útero através das mesmas técnicas da fertilização in vitro.

FERTILIZAÇÃO IN VITRO
A fertilização in vitro, também chamada de FIV ou de "bebé de proveta" foi uma das grandes conquistas no tratamento da infertilidade.É reservada para casais que já tentaram outras formas de tratamento ou para aqueles que tem impossibilidade de obterem uma gravidez por métodos naturais ou assistidos.Vários óvulos são removidos do ovário após uma indução da ovulação com medicamentos.A remoção destes óvulos é feita através da vagina orientada por ultra-som endovaginal.Estes óvulos são fecundados com os espermatozóides do marido. ( Ou de um doador caso o marido não tenha nenhuma possibilidade de produzir espermatozóides ).

INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL
Esta técnica consiste na injeção de espermatozóides vivos dentro do útero geralmente 36 horas após a ovulação. Pode ser utilizada em casos de distúrbios da ovulação. Nestes casos a ovulação é induzida e a inseminação intra uterina é realizada horas após. Em casos de muco cervical hostil aos espermatozóides esta técnica é a indicada. Outra indicação é a endometriose leve sem obstrução das trompas.

Monday, December 11, 2006

VIAGRA
  • O que é?
  • Como actua?

Com o Viagra, entra em ação o princípio ativo sildenafil, que bloqueia o mecanismo da fosfodiesterase. Com isso, a GMP cíclica volta a entrar em ação. Desse modo, os vasos do corpo esponjoso dilatam-se para o sangue entrar até o ponto de expandir o tecido erétil e comprimir as veias que fazem o sangue sair do pênis. Assim, a droga prolonga a ereção, resolvendo o drama da impotência. Mas o estímulo sexual, que inicia todo o processo, é fundamental para a ereção.


Preservativo

O preservativo é um dos mais completos métodos contraceptivos, pois além de evitar uma gravidez indesejada, previne a transmissão de doenças sexualmente transmissíveis, como a S.I.D.A..

Como deve ser ele colocado?

Métodos Contraceptivos

Norplant




Anel Vaginal



Pílula




Preservativo Masculino



Preservativo feminino

Diafragma





DIU




Vasectomia

Laqueação das Trompas

Portugal é um dos países com a maior taxa de jovens adolescentes grávidas, urge recorrer á contracepção, mas afinal o que é que está disponível?

Métodos Naturais
  • Calendário, para visionar o período fértil;
  • Temperatura, que deve ser medida à mesma hora todos os dias, pois no dia de ovulação esta desce significativamente e no dia seguinte sofre uma subida brusca;
  • Coito interrompido, que não é muito fiável visto haver possibilidade do líquido pré-ejaculatório conter já espermatozóides;
  • Muco cervical, que se torna mais fluido durante o período fértil.

Métodos Barreira:

  • Preservativo masculino e feminino;
  • Diafragma;
  • DIU (dispositivo intra-uterino);
  • Espermicidas;

Métodos hormonais (só usados pela mulher pois tem uma produção de gâmetas cíclica que pode ser controlada, ao passo que o homem tem uma produção contínua).

  • Injeções;
  • Tubos hormonais inseridos cirurgicamente;
  • Anel vaginal;
  • Pílula.

Métodos Cirúrgicos (os mais eficientes e, no caso feminino irreversível)

  • Vasectomia (corte e sutura dos vasos deferentes);
  • Laqueação das Trompas.


A infertilidade é a incapacidade de um casal conceber descendência após um ano de tentativas sem o uso de métodos contraceptivos. Como podemos acima verificar, são diversas as causas, pelo que o primeiro passo a dar para a resolução deste problema é a deteção das mesmas.
LACTAÇÃO

A lactação é o período de maior contacto entre a mãe e o seu filho, estando relaccionada estritamente com a produção de hormonas que estimulam a produção de leite pelas glândulas mamárias, entre as quias se destacam a prolactina e a oxitocina.

O Parto

Mudanças da espinal medula



A ocitocina é um hormônio que potencializa as contrações uterinas tornando-as fortes e coordenadas, até completar-se o parto.
Quando inicia a gravidez, não existem receptores no útero para a ocitocina. Estes receptores vão aparecendo gradativamente no decorrer da gravidez. Quando a ocitocina se liga a eles, causa a contração do músculo liso uterino e também, estimulação da produção de prostaglandinas, pelo útero, que ativará o músculo liso uterino.O parto depende tanto da secreção de ocitocina quanto da produção das prostaglandinas, porque sem estas, não haverá a adequada dilatação do colo do útero e consequentemente, o parto não irá progredir normalmente. Não são bem conhecidos os fatores desencadeantes do trabalho de parto, mas sabe-se que, quando o hipotálamo do feto alcança certo grau de maturação, estimula a hipófise fetal a liberar ACTH. Agindo sobre a adrenal do feto, esse hormônio aumenta a secreção de cortisol e outros hormônios, que estimulam a placenta a secretar prostaglandinas. Estas promovem contrações da musculatura lisa do útero. Ainda não se sabe o que impede o parto prematuro, uma vez que nas fases finais da gravidez, há uma elevação do nível de ocitocina e de seus receptores, o que poderia ocasionar o início do trabalho de parto, antes do fim total da gravidez. Existem possíveis fatores inibitórios do trabalho de parto, como a proporção estrogénio/progesterona e o nível de relaxina, hormônio produzido pelo corpo lúteo do ovário e pela placenta.
A progesterona mantém seus níveis elevados durante toda a gravidez, inibindo o músculo liso uterino e bloqueando sua resposta a ocitocina e as prostaglandinas. O estrogénio aumenta o grau de contratilidade uterina. Na última etapa da gestação, o estrogênio tende a aumentar mais que a progesterona, o que faz com que o útero consiga ter uma contratilidade maior.
A relaxina aumenta o número de receptores para a ocitocina, além de produzir um ligeiro amolecimento das articulações pélvicas (articulações da bacia) e das suas cápsulas articulares, dando-lhes a flexibilidade necessária para o parto (por provocar remodelamento do tecido conjuntivo, afrouxa a união entre os ossos da bacia e alarga o canal de passagem do feto). Tem ação importante no útero para que ele se distenda, a medida em que o bebê cresce. O nível de relaxina aumenta ao máximo antes do parto e depois cai rapidamente.
Ainda não se conhecem os fatores que realmente interferem no trabalho de parto, mas uma vez que ele tenha iniciado, há um aumento no nível de ocitocina, elevando muito sua secreção, o que continua até a expulsão do feto.

A GRAVIDEZ E O HCG



Gravidez

A importância do HCG:Gonadotrofina coriônica humana é um hormônio glicoproteíco, secretado desde o início da formação da placenta pelas células trofoblásticas, após nidação (implantação) do blastocisto. A principal função fisiológica deste hormônio é a de manter o corpo lúteo, de modo que as taxas de progesterona e estrogênio não diminuam, garantindo, assim, a manutenção da gravidez (inibição da menstruação) e a ausência de nova ovulação. Por volta da 15ª semana de gestação, com a placenta já formada e madura produzindo estrógeno e progesterona, ocorre declínio acentuado na concentração de HCG e involução do corpo lúteo.

A União dos Gâmetas


A Fecundação consiste na fusão dos núcleos gaméticos-cariogamia que permite a formação do ovo e posterior nidação e gravidez, até que um novo ser nasça para o mundo.