Biologicamente Vivo!!!

Friday, June 08, 2007







Crescimento da População humana e sustentabilidade

A demografia é a ciência que estuda a dinâmica populacional humana. O seu objecto de estudo engloba as dimensões, estatísticas, estrutura e distribuição das diversas populações humanas. Estas não são estáticas, variando devido à natalidade, mortalidade, migrações e envelhecimento. A análise demográfica centra-se também nas características de toda uma sociedade ou um grupo específico, definido por critérios como a Educação, a nacionalidade, religião e pertença étnica. As informações básicas para os estudos demográficos provêm, sobretudo, dos recenseamentos periódicos da população e de outros censos, levantamentos e registos de migrações. Estes estudos têm como base fundamental para o seu trabalho os dados estatísticos que são recolhidos, à escala de cada país, pelos respectivos serviços de estatística. Os serviços de estatística procedem a contagens regulares e periódicas da população e, através da análise do comportamento dessa mesma população, fazem previsões e extrapolações que permitem a actualização dos dados recolhidos. As operações de contagem da população são os recenseamentos (ou censos), que se realizam geralmente de 10 em 10 anos. Os inquéritos estatísticos elaborados por demógrafos e geógrafos podem fornecer dados valiosos acerca das populações do passado, do presente e do futuro, revestindo-se, pois, de máxima importância. Senão, vejamos: à escala individual, permitem compilar as tabelas de duração de vida que vão servir, por exemplo, de referência às companhias seguradoras para atribuição de seguros aos diversos segurados; a uma escala mais genérica, permitem aos governos a planificação das novas situações nacionais, sociais e outras, susceptíveis de determinarem as mudanças de população; finalmente, à escala global, as estatísticas permitem, entre muitas outras finalidades, aos organismos das Nações Unidas vaticinarem alterações na procura mundial de recursos essenciais. No entanto, a demografia é muitas vezes reduzida à "estatística", no sentido original do termo, ao levantamento quantitativo da dimensão, composição e movimento da população. Ora, os demógrafos que pretendem passar da descrição à explicação (à ciência, portanto) referem que só analisando os princípios e as teorias das ciências sociais como a sociologia e a economia é possível indicar os aspectos demográficos das condutas – sugerindo-se, por vezes, ser preferível falar em sociologia da população.

Evolução Demográfica

A população mundial aumentou, lentamente, até meados do séc. XVIII, ma, a partir daí, o seu ritmo de crescimento tornou-se cada vez maior. Entre 1750 e 1950, o número de habitantes do planeta mais que triplicou e só os últimos 50 anos foram suficientes para que se ultrapassasse os 6 mil milhões de habitantes.
Evolução demográfica
Warren Thompson, no ano 1929, desenvolveu a estudos que são os mais válidos na actualidade. Thompson observou as mudanças (ou transição) que tinham experimentado nos últimos duzentos anos as sociedades industrializadas do seu tempo com respeito às taxas de natalidade e de mortalidade. De acordo com estas observações expôs a teoria da transição demográfica segundo a qual uma sociedade pré-industrial passa, demograficamente falando, por quatro estádios antes de derivar numa sociedade plenamente pós-industrial.
Evolução da taxa de mortalidade, taxa de natalidade e da população em geral.

1º) Regime demográfico primitivo, até 1750:
Caracterizou-se por um crescimento lento da população, durante o qual, os índices de mortalidade assumiram valores elevados, assim como os índices de natalidade, verificando-se um crescimento natural fraco que se deveu aos acontecimentos seguintes:
Às melhoras nas
técnicas agrícolas (que aumentam os rendimentos);
Às melhoras
tecnológicas;
Aos avanços em
medicina;
Alfabetização.
Estas mudanças contribuíram decisivamente a prolongar a
esperança de vida das pessoas e a reduzir a mortalidade.

2º) Revolução Demográfica, até 1950:
Até á segunda Guerra mundial, verificou-se um rápido crescimento da população. A taxa de mortalidade sofreu uma significativa redução, principalmente nos países industrializados, enquanto que a taxa de natalidade se manteve bastante elevada.


3º)Explosão Demográfica
Caracteriza-se por uma forte descidas das taxas de natalidade e mortalidade que atingem valores algo próximos, verificando-se um grande crescimento demográfico. A enorme descida da natalidade explica-se pelos seguintes factos:
O acesso à
contracepção;
A incorporação da
mulher na sociedade de trabalho;
À
educação;
Ao mercado trabalhista;
Ao acesso ao estado do bem-estar;
Ao processo de
urbanização;
À substituição da agricultura de subsistência pela agricultura de mercado.

4º) Regime Moderno:
A taxa de natalidade experimenta uma redução significativa até se situar abaixo da taxa de natalidade, pelo que o crescimento demográfico poderá ser mesmo negativo (perdem-se habitantes).

Estes valores de diferentes evoluções demográficas na população mundial dependem do grau de desenvolvimento dos países em questão.
Os países em vias de desenvolvimento iniciaram a transição demográfica mais tarde e repentinamente. Actualmente, a maioria deles, sobretudo os países africanos, mantêm a natalidade muito alta mas, em geral, estão a reduzir consideravelmente a mortalidade. Outros países, especialmente na
América Latina, na Ásia e também alguns de África, já reduziram muitíssimo a mortalidade e, ao mesmo tempo, estão a diminuir paulatinamente a natalidade.
Os demógrafos consideram que o actual ritmo de crescimento da população mundial tem data de caducidade, dado que os países em via de desenvolvimento, tarde, completarão a transição demográfica e acabarão por desfrutar de umas taxas de natalidade e mortalidade semelhantes às que têm os países desenvolvidos. Por esta razão, os demógrafos consideram que a catástrofe malthusiana prognosticada por
Thomas Malthus ao princípio do século XIX não acabará por se produzir.
A moderação no crescimento da população mundial dependerá da velocidade com que os países em vias de desenvolvimento sejam capazes de completar a transição demográfica. Segundo cálculos da
ONU, se os países pobres acelerarem o ritmo, no ano 2050 haverá no planeta uns 7,5 biliões de habitantes. Se, pelo contrário, o processo se moderar a população mundial poder-se-ia situar naquele ano em cerca de 11 biliões de habitantes.






Factores que condicionam a Demografia










A Natalidade

Nos países desenvolvidos, a industrialização provocou alterações sociais profundas, que foram acima referidas. Tal facto levou à necessidade de controlar o número de filhos. Actualmente, a manutenção de baixas taxas de natalidade deve-se aos factores seguintes:

Desenvolvimento de métodos contraceptivos cada vez mais eficazes, que permitem decidir o número de filhos que se quer ter;
Aumento da participação da mulher no mundo de trabalho, que lhe deixa menos disponibilidade para cuidar dos filhos e obriga a despesas com amas e infantários;
Grande parte da população vive no espaço urbano, onde a habitação é mais cara e menos espaçosa;
Cada vez há maiores exigências coma educação dos filhos, que aumentam a despesas da família;
Há tendência para o aumento da idade média do casamento, devido à maior duração da vida escolar;
Adia-se o nascimento do primeiro filho, motivado pela maior valorização da carreira profissional da mulher;
Há a convicção de que cada casal deve decidir, de forma livre e responsável, o número de filhos que deseja ter.

Evolução na percentagem de mulheres na população activa nalguns países desenvolvidos.



FAMÍLIAS
Embora se mantenha como predominante a família tradicional (casal com filhos), a sua estrutura tem se vindo a alterar: regista-se um crescimento das famílias com um único filho, em detrimento das famílias numerosas.



EDUCAÇÃO
No período compreendido entre 1995 e 1999, a taxa de crescimento das matrículas no ensino superior foi de 15%, sendo que os indivíduos do sexo feminino representam mais de metade desta população estudantil.


Nos países em desenvolvimento, a taxa de natalidade continua a aumentar. O que pode ser explicado pelos seguintes factores:

A população ainda não considera o controlo da natalidade importante, pois as despesas com os filhos não são elevadas e estes ajudam no trabalho, sendo uma possível fonte de rendimento;
O elevado número de crianças que morrem antes dos cinco anos de idade conduz à necessidade de ter mais filhos;
Inexistência de sistemas de segurança social que faz com que sejam os filhos a assegurar a velhice dos pais;
Reduzido grau de instrução, sobretudo da mulher o que dificulta a aceitação e a utilização correcta de meios contraceptivos;
Oposição da religião ao controlo da natalidade leva a população a rejeitar o planeamento familiar;
A idade do casamento muito precoce contribui para que os casais tenham mais filhos.


África terá mais mil milhões de habitantesPopulação vai dobrar nos próximos 50 anos

África terá nos próximos 50 anos mais mil milhões de habitantes, passando para 1,9 mil milhões, ou seja mais do dobro da sua população actual, prevê um relatório demográfico divulgado na quarta-feira.·Esta projecção, da responsabilidade do grupo privado de investigação norte-americano Population Reference Bureau, aponta para um crescimento demográfico de 193 por cento na África central e de 142 por cento na África ocidental até 2050.·Em contrapartida, a população da África austral, devastada pelo HIV/Sida, diminuirá 22 por cento, um declínio já previsto anteriormente.·Coincidindo com projecções anteriores, os países europeus deverão continuar a perder população, devido à quebra da taxa de natalidade e à baixa imigração, passando para 664 milhões (menos nove por cento).·Uma excepção será o norte da Europa, cuja população deverá aumentar seis por cento, contrastando com a população dos Estados Unidos que crescerá 45 por cento para 422 milhões em 2050.


A Fecundidade

A taxa de natalidade depende do número de filhos que cada mulher tem, ou seja, do índice de fecundidade. Para eu as gerações fossem subsistindo em igual número, era necessário que o índice de fecundidade fosse igual ou superior a 2,1. O índice de fecundidade tem as mesmas influências da taxa de natalidade.


Relação entre o índice de fecundidade e dois factores que o influenciam.

Nos países desenvolvidos, registam-se baixas taxas de natalidade e o índice de fecundidade não garante a renovação de gerações, principalmente na Europa. Enquanto que na maioria dos países em desenvolvimento, a taxa de natalidade é elevada e o índice de fecundidade garante a renovação de gerações, sendo África onde se verificam os valores mais elevados.

Europeus têm menos filhosPopulação em contracção duradoura, segundo a Science


A população europeia entrou numa fase de contracção duradoura porque as mulheres esperam mais tempo antes de ter o primeiro filho, tendência que se junta a um número de filhos, em média, inferior a dois.·A conclusão pertence a um estudo conduzido por investigadores austríacos, que vai ser publicado na edição de sexta-feira da revista Science.·Se o efeito do fraco número de filhos já era conhecido, o estudo agora conduzido sobre a população dos quinze países da União Europeia (UE) tenta descrever o impacto, no futuro, do aumento da idade média da maternidade. Os autores, que analisaram os números do Observatório demográfico europeu, estimam que 40 por cento do declínio demográfico futuro devido à baixa da fecundidade esteja relacionado com os nascimentos tardios.·«Descobrimos que a idade da maternidade pode ter um impacto essencial nas tendências demográficas no futuro», explicou o co- autor do estudo, Brian O Neill, do International Institute for Applied Systems Analysis de Laxenburg (Áustria). A taxa de natalidade média na UE depois do ajustamento do factor tempo é de apenas 1,5 crianças por mulher, segundo os investigadores.·De acordo com os cálculos dos cientistas, se a idade média das mulheres para serem mães continuar a aumentar durante os próximos dez e 40 anos, verificar-se-á uma tendência intrínseca de baixa da população de 55 milhões de pessoas, atingindo os 144 milhões até 2.100, excluindo os efeitos da imigração.·Segundo Wolfgang Lutz, da Academia das Ciências austríaca em Viena, que conduziu o estudo, o declínio demográfico contínuo da Europa e a tendência para o envelhecimento vão pesar sobre os sistemas de segurança social e reforma e podem provocar um abrandamento nos ganhos de produtividade.










A Mortalidade

Os principais factores que conduziram à diminuição das taxas de mortalidade nos países desenvolvidos foram os seguintes:
Melhoria da alimentação devido à modernização da agricultura (mecanização, meios para combater as doenças e as pragas);
Os progressos da medicina no tratamento e na prevenção de doenças (novos medicamentos, vacinas, etc.);
Construção de sistemas de saneamento básico 8 água canalizada, esgotos, etc.);
A melhoria das condições de habitação (higiene, conforto, privacidade, etc.);
O aumento da protecção social sistemas de financiamento da saúde, leis de protecção e segurança no trabalho, etc.);
O melhoramento da alimentação e consequente melhoria das defesas do organismo que conduziram à imunização relativamente a algumas doenças;

A taxa de Mortalidade no mundo.

Nos países em vias de desenvolvimento, a redução da taxa de mortalidade, a partir do séc. XX deve-se aos factos seguintes:
A vacinação contra inúmeras doenças, como a cólera e a malária, responsáveis por graves epidemias;
A abertura de poços e furos para abastecimento da água potável às populações;
A prestação de cuidados médicos por voluntários da área de saúde;
A formação profissional em diferentes áreas, o que permite ás próprias pessoas melhoras as suas condições de vida;
A introdução de algumas práticas agrícolas que permitem aumentar as produções e melhorar a alimentação;



SEGURANÇA E CRIMINALIDADE
A condução com excesso de álcool tem vindo a crescer, como mostra a evolução do tipo de crime que lhe está subjacente



SAÚDE
O número de óbitos em virtude de doenças respiratórias, registou um aumento de 41,5% no período compreendido entre 1995 e 1999.



A distribuição da taxa de natalidade não evidencia uma dicotomia clara entre países desenvolvidos e em desenvolvimento, sendo estes últimos que se encontram tanto os valores mais baixos como os mais elevados.
Grande parte dos países africanos e alguns asiáticos destacam-se pelos elevados valores que apresentam. Este facto deve-se, essencialmente, à grande pobreza, á existência de conflitos armados e a dificuldade em combater algumas doenças, com particular relevo para a sida, responsável pelo aumento da mortalidade em alguns países de África.

Dois dos grandes indicadores do modo como a ciência e a tecnologia influenciam o crescimento demográfico são a taxa de mortalidade infantil e a esperança media de vida.

A taxa de Crescimento Natural no mundo.

A mortalidade infantil
A nível mundial, verificou-se também a redução da taxa de mortalidade infantil, embora esta apresente ainda valores muito elevado em muito países. É mais difícil fazer descer a taxa de mortalidade infantil, pois as crianças são mais vulneráveis e, actualmente, nos países em desenvolvimento continuam a persistir:
Subnutrição, fome e escassez de água;
Falta de condições de habitação e higiene;
Assistência materno-infantil deficiente ou mesmo inexistente;
Impossibilidade de vacinar atempadamente todas as crianças;
Insuficiente assistência médica e hospitalar;
Pobreza e falta de informação;



Mortalidade de menores de cinco anos por habitantes.

A esperança média de vida
Durante o século XX houve um aumento da esperança média de vida principalmente nos países desenvolvidos, graças ao progresso da medicina e á melhoria das condições de vida.
O desenvolvimento de técnicas de fertilização artificial contribui para o aumento da esperança media de vida, assim como os estudos genéticos permitem combater doenças. Os hábitos de higiene pessoal a ingestão de águas potáveis, as redes de saneamento básico assim como outros factores acima referidos muito contribuíram para o aumento da esperança media de vida.
A esperança média de vida à nascença no mundo.

POPULAÇÃO
Em resultado da quebra da fertilidade e da mortalidade, tem-se assistido a um crescimento da população idosa: em 1991 representava 13,6% da população total, situando-se no final da década em 17,5 %.




PROTECÇÃO SOCIAL
O envelhecimento da população, a par da evolução de sinal positivo nos montantes das pensões, tem-se traduzido no crescimento constante das despesas em prestações de velhice e sobrevivência.
Despesas em prestações de velhice e sobrevivência, por pessoa activa







Portugal é um país onde se encontra uma população bastante envelhecida, o que se deve em parte à diminuição da taxa de natalidade, como também ao melhoramento da medicina e ainda ao facto de Portugal se um país de parida da população jovem, que migra em busca de melhores condições de vida.

Padrões de crescimento demográfico


Relação entre a percentagem de população idosa e a esperança média de vida.





Os comportamentos demográficos influenciam a estrutura estaria da população, a proporção de jovens relaciona-se com a taxa de natalidade e o índice de fecundidade, enquanto que a proporção de idosos s e relaciona com a esperança media de vida. A taxa de natalidade tenda a ter valores mais elevados nos países em desenvolvimento, embora tenha vindo a diminuir.




Nos países desenvolvidos a estrutura etária revela um envelhecimento da população devido á diminuição dos jovens e aumento dos idosos. Enquanto que, nos países em desenvolvimento, a estrutura etária é caracterizada por uma população jovem.





População envelhecida



Censos 2001 – População idosa ultrapassa jovens pela primeira vez

A população portuguesa está a envelhecer e pela primeira vez a percentagem de idosos (16,4%) ultrapassou a dos jovens até aos 14 anos (16%), anunciou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).·Na divulgação dos dados provisórios dos Censos de 2001, o INE apresentou dados comparativos com as operações censitárias de 1991 e 1981 que permitem concluir um "duplo envelhecimento" da população portuguesa.·"Trata-se de um duplo envelhecimento: pelo topo, com a população idosa a aumentar 26,8% face a 1991 e 51,2% face a 1981; pela base, com a população jovem a diminuir 15,9% face a 1991 e 33,8% face a 1981", refere uma nota do INE.·Os dados recolhidos nos Censos de 2001 traduzem, também, um decréscimo, relativamente a 1991, de 8,3% da população entre os 15 e os 24 anos, e de 9,3% face a 1981. Esta diminuição é justificada com um "acentuado declínio" da natalidade a partir da década de 80.·Entre os 25 e os 64 anos foi, pelo contrário, registado um acréscimo de população de 11,7% relativamente a 1991 e de 20,7% face a 1981.
O aumento da população idosa é um fenómeno positivo na medida em que é uma consequência do aumento da esperança media de vida. No entanto, consiste no aumento das despesas do estado uma vez que, haverá cada vez mais pensões e reformas. Também se verifica uma discrepância entre a percentagem da população activa e não activa. A renovação das gerações é também mais difícil a renovação de gerações.




População jovem
Nos países em desenvolvimento, a quantidade de jovens, permanece em relação aos idosos. Estes países tem fraca capacidade económica para responder as necessidades da população como a alimentação, saúde, educação e emprego. Uma população jovem acarreta alguns problemas como: subnutrição, mortalidade infantil alta, baixa alfabetização, sub emprego, desemprego, falta de habitação ou mesmo o aparecimento de actividades ilícitas como o tráfico de drogas.







Explosão Demográfica

Pobreza
Sabe-se que a pobreza e crescente endividamento dos países pobres deve-se à sua exploração pelos países "desenvolvidos". E que, dentro dos países "subdesenvolvidos" (como o Brasil), embora a sua renda per capita seja menor que a dos países ricos, a pobreza da maior parte de sua população deve-se a distribuição completamente desigual de renda dentro da sociedade e não a uma insuficiente produção de riquezas. Logo, embora certamente a explosão demográfica agrave a situação de fome, a fome deve-se principalmente à desigualdade social vigente nos países "subdesenvolvidos".
A questão da pobreza dos países do terceiro mundo vem sendo discutida por entidades governamentais e não-governamentais em todo o planeta, porém esta discussão conduz sempre à perspectiva da necessidade de incrementar o crescimento económico dos países subdesenvolvidos, principalmente propondo que estes sigam os modelos de desenvolvimento dos países ditos desenvolvidos, particularmente dos Estados Unidos. Aspectos como a questão demográfica nos países subdesenvolvidos já não chamam mais a atenção como na década de 70, quando a teoria da “bomba populacional” assombrou o mundo mostrando a insustentabilidade dos padrões de crescimento daquela época.
A pobreza das nações subdesenvolvidas não vai ser resolvida com o remédio do crescimento económico aos moldes dos padrões insustentáveis adoptados pelos países ricos. A viabilidade económica para esses países passa pelo controlo do crescimento demográfico e pela adopção de padrões de desenvolvimento que não sigam os mesmos caminhos adoptados pelos países ricos, uma vez que eles estão num patamar de riqueza baseado na utilização insustentável de recursos naturais e em relações sociais baseadas no consumismo, ou seja, os seus sistemas económicos não produzem o que as pessoas precisam, e sim o que o próprio sistema necessita para continuar crescendo.
Uma alternativa extremamente viável seria a adopção de incentivos governamentais para o desenvolvimento e utilização de energias alternativas e a substituição progressiva das formas actuais baseadas no petróleo. Imagine-se a quantidade de empregos que seriam gerados no desenvolvimento dessas actividades. Bastaria unicamente saber se os donos do mundo deixariam e suportariam ou mesmo se iriam querer invadir países como o Brasil para controlar suas fontes de energia solar e eólica.

O que é a explosão demográfica? Como ocorreu?
A explosão demográfica é o grande aumento da população dos seres humanos, ocorrido principalmente no
século XX.
É, na verdade, como se fosse uma bomba de pavio aceso prestes a explodir, daí a comparação da explosão com a população.
Até ao século
XIX, a mortalidade era extremamente elevada, pois a humanidade não tinha recursos suficientes para combater grande parte das doenças.
As grandes descobertas do século XX, como a
penicilina, as vacinas e os antibióticos. Diminuíram bruscamente o índice de mortalidade. Como a natalidade não foi reduzida, o resultado foi o aumento do crescimento vegetativo.

Quando analisamos o crescimento demográfico, o que mais surpreende é a velocidade do crescimento, e o crescimento das cidades, fenómeno recente na história da humanidade. Estima-se que, há cerca de 2000 anos atrás, a população global era de cerca de 300 milhões de habitantes. Por um longo período a população mundial não cresceu significativamente, com períodos de crescimento seguidos de períodos de declínio. Decorreram-se mais de 1600 anos para que a população do mundo dobrasse para 600 milhões. O contingente populacional estimado para o ano de 1750, é de 791 milhões de pessoas, das quais 64% viviam na Ásia, 21% na Europa e 13% em África.
A humanidade gastou, portanto, dezenas de milhares de anos para alcançar o primeiro bilião de habitantes, facto ocorrido por volta de 1802. Em seguida, foram necessários mais 125 anos para dobrar a população, alcançando assim o planeta, por volta de 1927, 2 biliões de habitantes. O terceiro bilião foi atingido 34 anos depois, em 1961, e assim por diante. Ao lado pode-se ver o ano em que se atingiu cada bilião de seres humanos. Num abrir e fechar de olhos, a contar no relógio da História do ser humano, o homem abandonou o modo de vida que criara há cerca de 10 mil anos, com o advento da agricultura, e passou a multiplicar-se nas cidades, um mundo de facilidades, mas também um mundo literalmente à parte da natureza. Em 1900, nove em cada dez homens, mulheres e crianças, que somavam uma população de 1,65 bilião de humanos, ainda viviam no campo. Espera-se que, daqui a pouco tempo (cerca de 1 ano), quase metade dos actuais 6 biliões de pessoas habitará cidades; dessa população urbana, estima-se que uma proporção de três para vinte pessoas se encontre nas cerca de meia centena de metrópoles e megalópoles (população igual ou maior que 5 milhões de habitantes).
A ONU estima que no ano 2000 a população mundial crescia então a um ritmo de 1,2 % (77 milhões de pessoas) por ano. Isto representa um decréscimo da taxa de crescimento em relação ao seu nível em 1990, sobretudo devido à quebra das taxas de natalidade.
A China é actualmente o país mais povoado do mundo com 1.300 milhões de habitantes, porém devido à baixa taxa de natalidade será superada em 2050 pela Índia, que na altura atingirá os 1.600 milhões.

Europeus vão ser menos dentro de 20 anosPopulação com tendência à diminuição

No ano 2000, a população da União Europeia cresceu em cerca de um milhão de pessoas em relação ao ano anterior, segundo o Livro do Ano 2002 agora publicado pela Eurostat (www.europa.eu.int/comm/eurostat). Ao atingir os 377 milhões de habitantes em 1 de Janeiro de 2001, a União Europeia assegurou a terceira maior população do Mundo, apesar da distância a que fica da China (1273 milhões) e da Índia (1029 milhões de pessoas). Mas, ainda assim, teve uma taxa de crescimento demográfico três vezes inferior à dos Estados Unidos.·O crescimento demográfico natural (diferença entre nascimentos e óbitos) registou um saldo positivo de quase 90 mil pessoas, o que, juntamente com a estabilização dos fluxos migratórios, explica o crescimento no ano 2000. Mas atenção: se as taxas de fertilidade, mortalidade e migração internacional se mantiverem, a população continuará a crescer até 2023, e a partir daí começa a diminuir, regredindo até aos níveis actuais em 2050.·A migração líquida continua a ser o mais significativo componente do crescimento demográfico. Isso verifica-se desde finais da década de 80, mas acentuou-se significativamente na década de 90, contribuindo com um peso de dois terços ou mesmo três quartos para este aumento populacional. "Sem os ganhos populacionais atribuídos à migração, o número de pessoas na Alemanha, Grécia, Itália e Suécia teria diminuído, e na Áustria não teria havido qualquer aumento", afirma o relatório.

Causas da explosão Demográfica
Foram várias as causas desta fase de rápido crescimento da população mundial. A maioria das quais correspondem aos motivos para o decréscimo das taxas de mortalidade acima referidos. Os índices de mortalidade nos países em vias de desenvolvimento tiveram uma queda marcante após a Segunda Guerra Mundial. Campanhas de saúde pública e de vacinação reduziram espectacularmente a doença e a mortalidade infantil. Nos países desenvolvidos, esses declínios na mortalidade tinham levado séculos para ocorrer, à medida que a própria sociedade gradualmente se transformava, tornando-se mais urbanizada e menos dependente de grandes famílias. Como resultado, as taxas de natalidade e mortalidade tendiam a decrescer proporcionalmente, e as taxas de crescimento populacional nunca atingiram o nível que atingiriam mais tarde, nos países em desenvolvimento. Na década de sessenta, as mulheres nos países em desenvolvimento estavam tendo, em média, seis filhos.


Consequências da explosão demográfica
O contínuo aumento populacional pode ter várias consequências negativas. A mais falada é a questão da escassez de alimentos, mas a verdade é que os alimentos estão mal distribuídos mundialmente, caso contrário como justificaríamos o facto de morrerem mais pessoas por excesso de alimentação (obesidade e problemas cardiovasculares) do que pessoas a morrer à fome? Com o aumento da população e desenvolvimento dos países aumenta também a poluição produzida, e se já com a população actual os problemas ambientais relacionados com a poluição são bastantes, então deduz-se que serão muito piores com uma população ainda maior e a produzir cada vez mais desperdícios; este aumento da poluição poderá implicar também a degradação de muitos ecossistemas naturais. Na sociedade globalizada em que vivemos outro grave problema é a propagação de epidemias, que agora o fazem com muito mais facilidade devido ao contacto entre indivíduos de todos os pontos do mundo uns com os outros devido aos avanços dos meios de transporte. O facto de haver cada vez mais gente, para menos área habitável faz também com que comecem a surgir populações que habitam áreas perigosas do planeta, facilmente susceptíveis a catástrofes (ex.: áreas de grande actividade vulcânica). Têm também preocupado as autoridades governamentais os problemas associados à criação de empregos, meios de habitação, transportes, educação e saúde.


Medidas para atenuar a explosão demográfica
“Em matéria de política demográfica, conheço uma só que é segura: fazer com que os indivíduos, por si sós, percebam que a família grande não tem mais sua razão de ser.... Hoje, tudo isto mudou; a família actual não exige mais dez filhos, e sim três filhos. Assim que se compreender isto, o equilíbrio demográfico se restabelecerá.”

É necessário implementar medidas que levem os casais a ter menos filhos, principalmente nos países em desenvolvimento onde a taxa de natalidade é maior. Dentre estas medidas destacam-se as seguintes:
Dinamização de campanhas publicitarias que promovam a ideia de que uma família com um ou dois filhos pode ter melhor qualidade de vida e ser mais feliz;
A divulgação do uso de métodos contraceptivos, muitas vezes com distribuição gratuita;
A legalização da interrupção voluntária da gravidez;
O alargamento dos serviços de informação no âmbito do planeamento familiar:
O recurso em incentivos para o casamento em idades mais tardios;
A atribuição de prémios aos casais que aceitem realizar a esterilização;
A promoção social da mulher, através da sua instrução e formação profissional.

As medidas acima referidas foram implementadas em alguns países sendo que nalguns com carácter liberal, procurando sensibilizar a população, enquanto que noutros com carácter repressivo definindo número de limite de filhos por casal. Na china foi implementada em 1979 a politica de “filho único”. Os casais que tivessem mais que um filho perderiam as regalias sociais, os bens alimentados ser-lhe-iam racionados, o salário diminuído e poderiam mesmo perder o emprego.

Importa também aumentar a escolaridade, especialmente entre as raparigas. Melhorias na situação económica, social e jurídica das jovens e das mulheres poderão contribuir para aumentar o seu poder de negociação, conferindo-lhes uma voz mais forte nas decisões relacionadas com os aspectos reprodutivos e produtivos da família.

AMBIENTE E CONFORTO
A tomada de consciência por parte da população sobre a poluição, leva-a a reivindicar melhor qualidade de vida, de que o crescimento das reclamações ambientais é um indicador.
Número de reclamações ambientais, por 100 000 habitantes
Lei do "Filho Único" entrou em vigor na ChinaAgência Estatal do Respeito defende que se trata de uma «Lei Humanitária»

A primeira lei que regula a "política do filho único" na China entrou ontem em vigor, mais de 20 anos depois de, efectivamente, começar a ser aplicada e das consequentes denúncias de abortos e esterilização forçados.·"Esta lei será um marco na causa do desenvolvimento da população que passará de um período imperativo a um outro onde a satisfação da população é o objectivo prioritário", segundo se lê num documento sobre planeamento familiar da prestigiosa Universidade da China, em Pequim.A China continuará a incentivar a população a casar-se tarde e a ter poucos filhos, embora estabeleça de forma clara e pela primeira vez os direitos e obrigações da população no âmbito do planeamento familiar, através desta lei de sete capítulos e 47 artigos.

Demografia de Portugal


Gráfico da evolução
demográfica em Portugal entre 1961 e 2003.
A população
portuguesa é uma rica combinação de vários elementos étnicos, desde Ibéricos, Celtas, Celtiberos, Lusitanos a Romanos, Suevos, Visigodos e, mais tarde, Mouros. Portugal, incluindo os Arquipélagos dos Açores e Madeira tem uma população estimada em 10.529.255 pessoas (estimativa INE a 31 de Dezembro de 2004), representando uma densidade populacional de 114 pessoas por quilómetro quadrado.
O idioma oficial, utilizado pela quase totalidade da população, é o
Português. O Mirandês é reconhecido oficialmente e ensinado nas escolas do concelho de Miranda do Douro. O seu uso, no entanto, é bastante restrito, estando em curso acções de revitalização.

Taxas de mortalidade e natalidade em Portugal.
Actualmente a população portuguesa tem vindo a aumentar, mas com um crescimento natural (natalidade menos a mortalidade) cada vez menor, levando a que o país se encontre envelhecido e não exista renovação de gerações. Por outro lado, a
esperança média de vida tem vindo a aumentar, tanto nos homens como nas mulheres. O maior crescimento da população tem-se verificado nos distritos costeiros principalmente Setúbal, Porto, Aveiro e Braga, mas continua a diminuir nos distritos do interior.
Nos últimos tempos a
imigração tem vindo a aumentar em consequência da entrada de africanos provenientes dos PALOP e europeus de Leste, estabelecendo-se principalmente nas grandes cidades portuguesas. A emigração permanente tem-se mantido a níveis baixos, desde a revolução do 25 de Abril de 1974 e com a entrada na União Europeia. Internamente, a migração é dominada pela atracção exercida pelas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto em relação ao resto do País.

População mundial futura
O crescimento futuro da população é difícil de prever. As taxas de natalidade estão a diminuir em geral, mas variam muito entre países desenvolvidos e países em vias e desenvolvimento. As taxas de mortalidade podem mudar inesperadamente devido a doenças, guerras e catástrofes, ou avanços na medicina. A ONU publicou várias projecções da população mundial futura, baseadas nos diferentes pressupostos. Ao longo dos últimos 10 anos, a ONU tem revisto constantemente as suas projecções da população mundial, corrigindo-as para valores inferiores aos anteriormente anunciados. Se nenhuma acção, em escala global – em especial nos países subdesenvolvidos – for tomada para conter o crescimento exponencial da população mundial, ele prosseguirá, tal como tem sido, até meados do próximo século.
Evolução prevista da taxa de crescimento natural e da população, nos países desenvolvidos e nos países em desenvolvimento.




















Destaques

Poluentes químicos e sexo das crianças: Qual a relação?Homens com PCB’s no sangue são mais propensos a terem filhos rapazes

Que a fertilidade, feminina e masculina, pode ser afectada pela poluição já tem sido afirmado pela comunidade científica. Mas será que os poluentes podem ter alguma influência sobre a determinação do sexo do bebé?·Um grupo de investigadores norte-americanos da Universidade de Michigan afirma que sim. Segundo Wilfried Karmaus e seus colaboradores, os homens que têm maiores quantidades de bifenilos policlorados – vulgarmente conhecidos como PCB’s – na corrente sanguínea são mais propensos a terem filhos do sexo masculino.·Quando entrevistado pela BBC Online, Karmaus considera que não existe qualquer problema num casal ter um menino ou uma menina. O problema é que a influência destes poluentes químicos sobre a determinação o sexo das crianças pode conduzir, em algumas populações (nomeadamente as localizadas em zonas costeiras, onde a alimentação é mais rica em produtos de origem aquática) a uma alteração na proporção de meninos e meninas nascidos. De acordo com este investigador, este facto irá provocar alterações demográficas, designadamente em termos de equilíbrio entre os dois sexos.·Os PCB’s são poluentes químicos que, tal como as dioxinas, actuam no organismo humano como hormonas. Efeitos muito agressivos destas substâncias já foram descritos anteriormente como, por exemplo, deformações nos órgãos sexuais de peixes e jacarés. Nos seres humanos, já foi estabelecida a relação entre as dioxinas e os PCB’s com alguns tipos de cancro, a infertilidade e algumas alterações sexuais. Os PCBs podem ter origem em diferentes fontes industriais incluindo fluidos hidráulicos, óleos, condensadores e transformadores eléctricos.·No relato deste trabalho publicado na edição deste mês do Journal of Occupational and Environmental Medicine, os cientistas salientam o facto de que o estudo teve como base uma amostra reduzida.·O estudo·Karmaus e colaboradores estudaram os nascimentos, ocorridos desde 1963, em famílias cuja dieta alimentar inclui peixes provenientes dos Grandes Lagos, no Canadá. Para conseguirem estabelecer a relação entre o sexo das crianças nascidas durante este período e a poluição por PCB’s, os investigadores pesquisaram a presença destes químicos na corrente sanguínea dos pais.·Para os investigadores, estes novos dados são importantes na medida em que mostram que os poluentes químicos, mais especificamente os PCB’s, podem ter efeitos mais amplos do que os identificados até à data. O ratio entre os sexos de uma determinada população e a própria demografia local podem estar a ser afectadas em vários locais do planeta.



As pessoas nascidas no Outono vivem mais tempo do que as que fazem anos noutras estações, indica um estudo do Instituto de Investigação Demográfica de Rostock (Alemanha) hoje divulgado.·Os investigadores do instituto, que integra a rede da Sociedade Max Planck, a maior instituição científica alemã, analisaram os dados de mais de um milhão de pessoas de vários países que faleceram entre 1968 e 1998 e que no momento da sua morte tinham pelo menos 50 anos.·Assim, os dinamarqueses nascidos entre Outubro e Dezembro vivem três meses mais que a média, enquanto que os austríacos nascidos no Outono vivem até meio ano mais que os seus compatriotas nascidos entre Abril e Junho. A origem destas diferenças reside nas melhores condições em que se encontra o feto no ventre materno nos meses de Verão e nas doenças infecciosas sazonais, que aparecem com mais frequência noutras épocas do ano, concluem os autores do estudo, Gabriele Doblhammer-Reiter e James Vaupel.·Ambos afirmam que a ligação entre mês de nascimento e esperança de vida será mais débil entre as crianças nascidas neste século, mas manter-se-á apesar de tudo.·Os investigadores viram confirmados os resultados de outro estudo que realizaram nos EUA, segundo os quais os norte-americanos que comemoram o aniversário no Inverno vivem em média um ano e meio mais que os nascidos no Verão. Este trabalho mereceu publicação na revista especializada "Proceedings of the National Academy of Sciences".

1 Comments:

  • At 4:04 PM, Blogger Unknown said…

    Adoreii esse conteúdo tem tudo a ver com o nosso mundo.!

     

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