FERMENTAÇÃO
Á fermentação do ponto de vista bioquímico é um processo anaeróbio de transformação de uma substância em outra, produzida a partir de microorganismos, tais como bactérias e fungos, chamados nesses casos de fermentos. Exemplo de fermentação é o processo de transformação dos açúcares das plantas em álcool, tal como ocorre no processo de fabricação da cerveja, cujo álcool etilico é produzido a partir do consumo de açúcares presentes no malte, que é obtido através da cevada germinada.
Outro exemplo é o da massa do [bolo,pao..] onde os fermentos (leveduras) consomem amido.
Esses fungos começam a digerir o açúcar da massa do pão, liberando CO2 (gás carbônico), que aumenta o volume da massa.
De um modo geral o termo fermentação também é usado na biotecnologia para definir processos aeróbios.
Há dois tipos de fermentação:
Fermentação aeróbica: ocorre na presença de oxigênio do ar, como por exemplo em: Ácido cítrico, Penicilina.
Fermentação Anaeróbica: ocorre na ausência de oxigênio, como por exemplo em: Iogurte, Vinagre, Cerveja, Vinho.
Não deve ser confundida com a respiração anaeróbica (processo no qual algumas bactérias produzem energia anaerobicamente formando resíduos inorgânicos). A fermentação é usada na conserva de alimentos (por exemplo, de chucrute).
O Reino Monera, das bactérias, é estranho: há bactérias que nos prejudicam com doenças e infecções, mas, ao mesmo tempo, algumas nos ajudam, fazendo a fermentação, produzindo do iogurte à penicilina.
E por mais estranho que possa parecer, a fermentação de alimentos é um tipo de decomposição!
Quem faz a fermentação?
São alguns tipos de bactérias e fungos. Por exemplo, quando eles estão na massa do pão, vêem todo aquele amido "morto"; e na natureza, "tudo se transforma", de acordo com Lavoisier.
Essas bactérias começam a digerir o açúcar da massa do pão, liberando CO2 (gás carbônico), que aumenta o volume da massa.
Como pode ocorrer a fermentação?
Há dois tipo de fermentação:
- Fermentação aeróbica: ocorre na presença de oxigênio do ar, como por exemplo em:
Ácido cítrico
Penicilina
- Fermentação Anaeróbica: ocorre na ausência de oxigênio, como por em:
Iogurte
Vinagre
Cerveja
(e até) Cãimbras
Curiosidade Histórica:
Lembra-se do tempo de filmes tipo faroeste?
Naquela época, morriam muitos cowboys por má fermentação!
Todos eles tinham o costume de beber whisky ou cerveja, mas nas más condições de produção da época, acabavam participando da fermentação bactérias impróprias, que liberavam substâncias fatais.
ENZIMAS
Enzimas são um grupo de substâncias orgânicas de natureza normalmente protéica (existem também enzimas constituídas de RNA [1]), com actividade intra ou extracelular que têm funções catalisadoras, catalisando reações químicas que, sem a sua presença, dificilmente aconteceriam. Isso é conseguido através do aumento da velocidade das reações químicas, possibilitando o metabolismo dos seres vivos.
O ramo da Bioquímica que trata do estudo das reacções enzimáticas é a Enzimologia.
Atividade enzimática
As enzimas convertem uma substância, chamada de substrato, noutra denominada produto, e são extremamente específicas para a reação que catalisam. Isso significa que, em geral, uma enzima catalisa um e só um tipo de reação química. Conseqüentemente, o tipo de enzimas encontradas numa célula determina o tipo de metabolismo que a célula efetua.
A velocidade da reação catalisada por uma enzima é aumentada devido ao abaixamento da energia de ativação necessária para converter o substrato no produto. O aceleramento da reação pode ser da ordem dos milhões de vezes: por exemplo, a enzima orotidina-5'-fosfato descarboxilase diminui a velocidade da reação por si catalisada de 78 milhões de anos para 25 milissegundos.
Como são catalisadores, as enzimas não são consumidas na reacção e não alteram o equilíbrio químico dela.
A actividade enzimática pode depender da presença de determinadas moléculas, genericamente chamadas cofatores. A natureza química dos cofatores é muito variável, podendo ser, por exemplo, um ou mais iões metálicos (como o ferro), ou uma molécula orgânica (como a vitamina B12). Estes cofatores podem participar ou não directamente na reacção enzimática.
Determinadas substâncias, como algumas drogas, toxinas e outros venenos, podem inibir a atividade de algumas enzimas, diminuindo-a ou eliminando-a totalmente. Um paralelismo encontra-se na intoxicação de mamíferos por monóxido de carbono: o CO liga-se fortemente ao ferro contido no hemo da hemoglobina, formando carboxiemoglobina e impedindo a ligação do oxigénio molecular ao hemo. [3]. Substâncias que produzem um efeito semelhante nos enzimas chamam-se inibidores enzimáticos. No entanto, como a hemoglobina não é uma enzima, não se trata de um exemplo.
Localização
Podemos encontrar enzimas em quase todas as estruturas celulares e fluidos corporais. Algumas têm uma localização específica, de tal modo que podem servir para indicar que estamos em presença de um tal tecido, secreção ou fragmento celular se se verificar a actividade de uma dada enzima.
História
Era já sabido, entre o final do século XVII e início do século XVIII, que secreções estomacais eram capazes de digerir a carne; [4] era também conhecida a conversão de amido a açúcares pela saliva e extractos vegetais. O mecanismo subjacente a estas transformações não era, no entanto, conhecido. [5]
As enzimas foram descobertas no século XIX, aparentemente por Pasteur, que concluiu que a fermentação do açúcar em álcool pela levedura é catalisada por fermentos. Ele postulou que esses fermentos (as enzimas) eram inseparáveis da estrutura das células vivas do levedo. Pasteur declarou que "a fermentação alcoólica é um acto correlacionado com a vida e organização das células do fermento, e não com a sua morte ou putrefacção".
Em 1878, Wilhelm Kühne empregou pela primeira vez o termo "enzima" para descrever este fermento, usando a palavra grega ενζυμον, que significa "levedar". O termo passou a ser mais tarde usado apenas para as proteínas com capacidade catalítica, enquanto que o termo "fermento" se refere à actividade exercida por organismos vivos.
Em 1897, Eduard Buchner descobriu que os extratos de levedo podiam fermentar o açúcar até álcool e provou que as enzimas envolvidas na fermentação continuavam funcionando mesmo quando removidas das células vivas . Esta descoberta valeu-lhe o prémio Nobel de Química em 1907.
Restava determinar qual a natureza dos enzimas. Alguns afirmavam que as proteínas, associadas à actividade enzimática, apenas eram o suporte do verdadeiro enzima, e, por si próprias, incapazes de catálise. Em 1926, James B. Sumner purificou e cristalizou a urease, mostrando tratar-se de uma proteína pura, e fez o mesmo, em 1937, para a catalase. A prova final foi feita por Northrop and Stanley em 1930, com o estudo de três enzimas digestivas, a pepsina, a tripsina e a quimotripsina, pelo que receberam o Prémio Nobel da Química em 1946.
J.B.S. Haldane escreveu um tratado intitulado “Enzimas”, onde continha a notável sugestão de que as interações por ligações fracas, entre a enzima e seu substrato, poderiam ser usadas para distorcer a molécula do substrato e catalisar a reação.
A cristalização de enzimas purificadas permitiu que as suas estruturas moleculares pudessem ser examinadas por cristalografia de raios X, o que aconteceu primeiro com a lisozima, um enzima que ocorre na saliva, lágrimas e na clara de ovo e destrói a parede celular de bactérias, em 1965 . Começaram assim a bioquímica e biologia estruturais, que se esforçam por compreender o funcionamento dos enzimas a nível atómico.
A tentativa de compreender o mecanismo da catálise enzimática a nível quântico tem sido facilitada recentemente pelo aumento de capacidade aritmética dos computadores.
Nomenclatura
A determinação do nome das enzimas é normatizada por um comitê especializado, o Nomenclature Committee of the International Union of Biochemistry and Molecular Biology (NC-IUBMB).
Classes de enzimas
EC1 - Oxirredutases.
EC2 - Transferases.
EC3 - Hidrolases.
EC4 - Liases.
EC5 - Isomerases.
EC6 - Ligases.
A partir destas categorias principais, os enzimas ainda são subdivididos em outras categorias, podendo ser identificados pelo seu número da EC; por exemplo, EC 5.4.2.2 é a fosfoglicomutase.
Aplicações
Enzimas digestivas tais como a amilase, protease e lipase, reduzem os alimentos em componentes menores que são mais facilmente absorvidos no tracto digestivo.
As enzimas contribuem enormemente para inúmeras indústrias. Enzimas de processamento alimentar tais como a glucoamilase podem reduzir o alimento em glucose.
Uma aplicação industrial é a produção de antibióticos em larga escala. Encontram-se também determinados tipos de enzimas em produtos de limpeza, para ajudar a digerir gorduras e proteínas presentes em nódoas.
Também são usadas em investigação laboratorial e na medição de concentrações de substâncias com interesse clínico (Patologia Clínica, análises clínicas).
METABOLISMO
Metabolismo (do grego metabolé, μεταβολισμος, que significa "mudança", troca, acrescido de ismo) é o conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior dos organismos vivos. Metabolismo celular é o conjunto de todas as reacções químicas que ocorrem nas células (a nível celular).
Estas reações químicas são responsáveis pelos processos de síntese e degradação dos nutrientes na célula.
Tipos de reacções:
Anabólicas ou reacções de síntese (produção de nova matéria), são reacções químicas que produzem nova matéria orgânica - produzida pelos seres vivos - sintetizam-se novos compostos (moléculas mais complexas) a partir de moléculas mais simples (com consumo de ATP).
Catabólicas ou reacções de decomposição/degradação, são reacções químicas que produzem grandes quantidades de energia livre (sob a forma de ATP) a partir da decomposição/degradação de moléculas + complexas (matéria orgânica).
Quando o catabolismo supera em atividade o anabolismo, o organismo perde peso, o que acontece em períodos de jejum ou doença; mas se o anabolismo superar o catabolismo, o organismo cresce ou ganha peso. Se ambos os processos estão em equilíbrio, o organismo encontra-se em equilíbrio dinâmico ou homeostase.
MICROPROPAGAÇÃO
Termo utilizado pela primeira vez por Hartman e Kester (1975) que passou a ser empregado para definir os processos de propagação vegetativa na cultura de tecidos vegetais.
A micropropagação consiste na produção rápida de milhares de clones de uma planta, a partir de uma única célula vegetal somática ou de um pequeno pedaço de tecido vegetal (explante).
As técnicas a que a micropropagação recorre baseiam-se em métodos modernos de cultura de tecidos vegetais in vitro. Deste modo, a micropropagação é utilizada para multiplicar plantas jovens, produzidas pelos métodos convencionais de produção de plantas, e mesmo plantas genéticamente modificadas.
É também utilizada para fornecer um número elevado de plântulas destinadas à plantação, que foram clonadas a partir de uma planta em stock que não produza semente ou que não responda bem à obtenção de clones por multiplicação vegetal. No entanto, a micropropagação é utilizada sobretudo em plantas ornamentais, como nas orquídeas, e em árvores para madeira, como nos pinheiros.
Métodos de propagação
Establecimento
Para que se criem plântulas por micropropagação, é necessário obter uma ou várias células indeferênciadas (células totipotentes) do parênquima ou um explante da planta-mãe. Esta pequena quantidade de tecido que forma o explante pode ser tão pequeno como um pequeno conjunto de células, e é colocádo num meio de cultura adequado ao seu crescimento, contendo nutrientes e hormonas, nomeadamente sacarose como fonte de energia e hormonas de crescimento.
O tecido da planta começa então a crescer, formando uma massa de células indeferênciadas denominada tecido caloso. Este tecido continua a crescer e a diferenciar-se em novos tecidos específicos, originado uma plântula.
Multiplicação
Uma planta pode originar milhares de clones a partir de um único explante, bastando para isso subdividir o tecido caloso as vezes desejadas, à medida que este vai crescendo.
Pretransplante
Esta fase consiste em tratar as "plântulas-proveta" produzidas, de modo a incentivar o crescimento da raiz e a "resistentificação" da planta. Este procedimento é realizado In Vitro ou num ambiente esterelizado de um tubo de ensaio.
O cescimento da raiz nem sempre ocorre durante as primeiras fases da cultura de tecidos vegetais, e é obviamente uma exigência para um crescimento da planta bem sucedido após o processo de micropropagação. Para que se favoreça o crescimento das raízes, recorre-se à transferência das plântulas para um meio In Vitro que contém auxinas.
"Resistentificação" refere-se à preparação da planta para uma crescimento num ambiente natural. Até esta fase, as plântulas desenvolveram-se em condições ideais, concebidas para a incentivação de um crescimento rápido. Devido a isto, uma plântula que não passe por esta fase e que seja logo exposta num ambinte natural, irá estar mais susceptível a doenças e o seu uso da água e da energia será ineficiente.
A "resistentificação" normalmente envolve uma exposição lenta das plântulas a ambientes com muita humidade, com pouca luz e de temperatura amena, o que seria considerado uma ambiente para um crescimento normal das espécies em questão.
A fase do pretransplante nem sempre é realizada, pelo que é incorporada na fase da transferência da cultura para um meio natural, sendo então acrescentado a essa fase o tratamento (Ex Vitro) para o crescimento das raizes e para a obtenção de resistência.
Transferência da cultura
Na fase final da micropropagação, as plântulas são transferidas para o solo, ou, o mais comum, transferidas para vasos com um composto orgânico para um crescimento contínuo atrvés dos métodos convencionais.
Vantagens da Micropropagação
Produz plantas livres de doenças.
Produz plântulas enraizadas prontas para a plantação e crescimento, o que é melhor do que o recurso a sementes e a estacas.
Possui uma fecundidade extremamente elevada, pelo que se obtêm milhares de plantas enquanto que através das técnicas convencionais se obtém apenas entre dezenas a centas de plantas no mesmo período de tempo.
É o único método viável para a regeneração de células genéticamente modificadas e para células resultantes da fusão de protoplastos.
É um bom método de multiplicar plantas que não produzam sementes ou que apenas produzam em quantidades pouco lucrativas.
A micropropagação produz plantas mais resistentes, com um crescimento mais rápido do que as plantas produzidas através de métodos convêncionais.
Desvantagens da Micropropagação
É um processo muito dispêndioso e pode ter um custo laboral superior a 70%.
Uma planta infectada pode produzir clones infectados. Isto é incomum, já que as plantas em stock são seleccionadas e vedadas com cuidado para evitar isto.
A maior desvantagem é o custo. A maioria das plantas irão naturalmente produzir sementes, que normalmente são livres de doenças e que crescerão rápidamente sob boas condiões. O número de semente produzidas varia, mas é normalmente aceitável para a multiplicação e é de graça. Por esta razão, muitos criadores de plantas nunca recorrerão à micropropagação devido ao seu custo proibitivo.
A mecanização do processo irá eliminar a maior parte dos custos laborais associados. No entanto, este objectivo tem provado grandes dificuldades até hoje, apesar das tentativas activas para desenvolver esta tecnologia.
CLONAGEM
Clonagem é basicamente a produção de indivíduos geneticamente iguais. É um processo de reprodução assexuada que resulta na obtenção de cópias geneticamente idênticas de um mesmo ser vivo – microorganismo, vegetal ou animal. A reprodução assexuada é um método próprio dos organismos constituídos por uma única ou por um escasso número de células, por via de regra absolutamente dependentes do meio onde vivem e muito vulneráveis às suas modificações.
A clonagem pode ser natural ou induzida artificialmente. Ela é natural em todos os seres originados a partir de reprodução assexuada (ou seja, na qual não há participação de células sexuais), como é o caso das bactérias, dos seres unicelulares e mesmo da relva de jardim. A clonagem natural também pode ocorrer em mamíferos, como no tatu e, mais raramente, nos gêmeos univitelinos. Nos dois casos, embora haja reprodução sexuada na formação do ovo, os descendentes idênticos têm origem a partir de um processo assexuado de divisão celular. Os indivíduos resultantes da clonagem têm, geralmente, o mesmo genótipo, isto é, o mesmo património genético.
Mas também pode ser introduzida artificialmente, a partir de um processo no qual é retirado de uma célula qualquer o núcleo, e de um óvulo a membrana. No qual depois é colocado em uma "Barriga de aluguel" Ou mesmo em laboratório, para a clonagem terapêutica. A clonagem terapêutica é usada para obter células troco.
Informações Históricas
Há já bastante tempo que os progressos do saber e os respectivos avanços da técnica no âmbito da biologia molecular, genética e fecundação artificial tornaram possível a experimentação e a realização de clonagens no campo vegetal e animal. No reino animal, por exemplo, desde os anos 30 que se efectuam experiências de produção de seres idênticos, obtidos por cisão gemelar artificial, modalidade esta que se pode impropriamente definir clonagem. A prática da cisão gemelar no campo zootécnico tem-se difundido nos estábulos especialmente reservados à experimentação, como incentivo à multiplicação de certos exemplares seleccionados.
Em 1993, Jerry Hall e Robert Stilmann, da " George Washington " University ", divulgaram dados relativos às experiências, por eles executadas, de cisão gemelar de embriões humanos de 2,4 e 8 embrioblastos. Tais experiências foram realizadas sem o prévio consenso da Comissão Ética competente, e os dados publicados para, segundo os seus autores, provocar o debate ético. Mas a notícia, publicada na revista " Nature " de 27 de Fevereiro de 1997, do nascimento da ovelha Dolly por obra dos cientistas escoceses, Jan Vilmut e K.H.S. Campbell, com os seus colaboradores do "Roslin Institute" de Edimburgo, abalou excepcionalmente a opinião pública, suscitando tomadas de posição de Comissões e Autoridades nacionais e internacionais: isto porque se tratou de um facto novo e considerado inquietante.
A novidade do facto deve-se a duas razões.
A primeira é que se tratou, não duma cisão gemelar, mas duma novidade radical definida clonagem, isto é, uma reprodução assexual e agâmica destinada a produzir seres biologicamente iguais ao indivíduo adulto que fornece o património genético nuclear.
A segunda razão é que este género de clonagem verdadeira e propriamente dita era, até então, considerado impossível. Julgava-se que o ADN (ácido desoxirribonucléico) das células somáticas dos animais superiores, tendo sofrido o processo conformativo da diferenciação, já não pudessem recuperar toda a potencialidade original e, consequentemente, a capacidade de guiar o desenvolvimento dum novo indivíduo.
Superada tal suposta impossibilidade, parecia que estava já aberto o caminho para a clonagem humana, entendida como replicação dum ou mais indivíduos somaticamente idênticos ao doador. O facto suscitou, justamente, ansiedade e alarme. Mas, depois duma primeira fase de unânime oposição, levantaram-se algumas vozes querendo chamar a atenção para a necessidade de garantir a liberdade da investigação e de não exorcizar o progresso, e chegando mesmo a fazer a previsão duma futura aceitação da clonagem por parte da Igreja Católica.
Clone
Clone é um conjunto de células geneticamente idênticas que são todas descendentes de uma célula ancestral, podendo dar origem a um grande número de organismos iguais entre si. Designa também todos os indivíduos, considerados colectivamente, resultantes da reprodução assexuada (ou partenogénese ou apoximia) de uma única forma inicial individualizada. é também a réplica exacta de um gene obtido por engenharia genética numa sequência de ácido desorribonucleico (ADN). Os componentes de um clone têm sempre a mesma constituição genética desde que não ocorra qualquer mutação.
A palavra «clone» foi introduzida na língua inglesa no início do século XX.
A sua origem etimológica é da palavra grega klon, que quer dizer broto de um vegetal.
Potenciais benefícios da clonagem humana
Ao longo da evolução do tempo, foram/são vários os benefícios que os cientistas acreditam que a clonagem humana tem. Aqui estão algumas das suas ideias sobre o assunto.
O rejuvenescimento. O Dr. Richard Seed, um dos principais propulsores da clonagem humana, sugere que um dia, poderá vir a ser possível inverter o processo do envelhecimento devido à aprendizagem que nos é fornecida através do processo de clonagem.
A tecnologia humana da clonagem podia ser usada para inverter os ataques cardíacos. Os cientistas afirmam que conseguirão tratar vítimas de ataques cardíacos através da clonagem das suas células saudáveis do coração, e injectando-as nas áreas do coração que foram danificadas. As doenças cardiovasculares são a maior causa de morte em grande parte dos países industrializados;
Casos de infertilidade. Com a clonagem, os casais infertéis poderiam ter filhos. Uma estimativa é que os tratamentos actuais de infertilidade são menos de 10 por cento bem sucedidos. Os casais passam por um sofrimento psíquico e emocional muito grande, para uma possibilidade remota de ter filhos. Muitos perdem o seu tempo e dinheiro sem sucesso. A clonagem humana torna possível fazer com que muitos casais inférteis consigam ter filhos.
A Cirurgia plástica, reconstrutiva e estética. Devido à clonagem humana e à sua tecnologia, os problemas, que, por vezes, ocorrem depois de algumas cirurgias de implantes mamários ou de outros procedimentos estéticos deixam de existir. Com a nova tecnologia, em vez de usar materiais estranhos ao corpo, os médicos serão capazes de manufacturar o osso, a gordura, ou a cartilagem que combina os tecidos dos pacientes exactamente. Qualquer um poderá ter a sua aparência modificada para sua satisfação, sem riscos de doença. As vítimas dos acidentes terríveis que deformam a cara (por exemplo), devem assim conseguir voltar a ter as suas características, sendo reparadas e de maneira mais segura. Os membros para amputados também poderão vir a ser regenerados.
Implantes mamários. Muitas pessoas verificaram que os implantes mamários as faziam ficar doentes, com doenças próprias dos seus sistemas imunes, devido a algumas incompatibilidades produzidas por materiais usados no aumento de peito. Com a clonagem humana e a sua tecnologia de implantes mamários e outros formulários da cirurgia estética, poderia ser feito com implantes que não seriam diferentes dos tecidos normais da pessoa.
Genes defeituosos. Cada pessoa média carrega 8 genes defeituosos dentro deles. Estes genes defeituosos permitem que as pessoas fiquem doentes quando permaneceriam de outra maneira, saudáveis. Com a clonagem e a sua tecnologia pode ser possível assegurar-se de que não soframos mais por causa dos nossos genes defeituosos.
Casos de Síndrome de Down. As mulheres com risco elevado para o síndroma de Down, poderão evitar esse risco através da clonagem;
Problemas no fígado e nos rins. Poderá ser possível clonar fígados humanos para transplante dos mesmos
A Leucemia. Este espera-se ser um dos primeiros benefícios a vir desta tecnologia.
Vários tipos de Cancro. Poderemos aprender como trocar células, ‘’on’’ and ‘’off’’, através da clonagem, e assim, ser capaz de curar diversos cancros. Os cientistas ainda não sabem exactamente se as células se diferenciam em tipos específicos do tecido, nem compreendem porque células cancerígenas perdem o seu isolamento
Fibrose Cística. Poderemos conseguir produzir uma terapia genética eficaz contra a fibrose cística. Alguns cientistas já se encontram a trabalhar nesta área.
Ferimento da coluna vertebral. Aprenderemos a fazer crescer, outra vez, os nervos ou a parte posterior da coluna vertebral, quando magoada. Quadraplégicos poderão sair das suas cadeiras de rodas e voltar a andar.
Testar algumas doenças genéticas. A clonagem pode ser usada para testar, e talvez curar, doenças genéticas.
As espécies em vias de extinção poderiam ser salvas - com a pesquisa que conduz à clonagem humana nós aperfeiçoaremos a tecnologia para clonar animais, e assim nós poderíamos para sempre preservar a espécie posta em perigo, incluindo seres humanos.
Potenciais riscos da clonagem humana
A possibilidade de comprometer a individualidade;
A perda de variabilidade genética;
Envelhecimento precoce;
Grande número de anomalias;
Lesões hepáticas, tumores, baixa imunidade;
Um mercado negro de fetos pode surgir, de dadores ‘’desejáveis’’ que queiram clonar-se a eles próprios, como estrelas de cinema, atletas ente outros;
A tecnologia não está ainda bem desenvolvida, tendo uma baixa taxa de fertilidade (para clonar a Dolly foram precisos 277 ovos, 30 começaram a dividir-se, 9 induziram a gravidez e apenas 1 sobreviveu);
Os clones poderão ser alvo de discriminação por parte da sociedade;
Os clones poderão estar sujeitos a problemas psicológicos desconhecidos, com impacto na família e na sociedade.
A ovelha Dolly
Antes da clonagem Dolly, os investigadores tinham chegado a clonar ovelhas a partir de células embrionárias. Em Fevereiro de 1997, um grupo de cientistas escoceses, liderado pelo inglês Ian Wilmut, anuncia a realização da primeira cópia genética (clonagem) de um mamífero adulto de 6 anos, a partir de uma célula somática: a ovelha da raça Finn Dorset, baptizada de Dolly. Na experiência, os pesquisadores usaram uma célula da glândula mamária, cujo núcleo (onde está armazenado o material genético) foi retirado e transferido para um óvulo anucleado. Essa nova célula formada com o auxílio de uma corrente eléctrica foi então implantada no útero de uma terceira ovelha, onde Dolly foi gerada.
Porém, enquanto que a maior parte das ovelhas vive entre o 11 e o 12 anos, Dolly morreu com 6 anos e meio após ter começado a manifestar doenças frequentemente associadas à velhice, a partir da idade de 5 anos e meio.
Um dos temores principais era que Dolly nascesse prematuramente velha. Dolly deu nascimento a 4 ovelhas, o primeiro nascimento teve lugar em 1998, as três seguintes em 1999. Este nascimento foi de excelentes notícias, provando que animal clonado não era um estéril e podia reproduzir-se sem problema essencial. Recentemente tem sido demonstrado uma relação directa entre a dimensão dos télomères e a esperança de vida (em saber mais: a dimensão dos télomères influencia a esperança de vida). Os télomères agiriam como um relógio molecular que controla o número de divisão da célula antes de induzir a sua morte. Em 1999, os cientistas observaram que as células Dolly apresentavam sinais de envelhecimento. Em Janeiro de 2002, foi anunciado que Dolly apresentava sinais de artrite ao quadril e os joelhos esquerdos. A artrite é uma doença bastante comum nas ovelhas, mas habitualmente a artrite aparece numa idade mais avançada, bem como uma localização diferente. A artrite foi tratada eficazmente graças a anti-inflamatórios.
A ovelha Dolly foi morta em 14 de Fevereiro de 2003 no seguimento do diagnóstico de uma doença pulmonar evolutiva. Os investigadores dizem que é necessário esperar os resultados da autópsia para determinar se esta doença é ligada ao facto de Dolly ser um animal clonado. Contudo favorecem actualmente outra hipótese. É com efeito possível que Dolly foi vítima de uma infecção que progride lentamente. Recusaram-se a citar o nome da infecção, afirmaram que pelo menos outra ovelha da exploração agrícola onde se encontrava Dolly tinha apresentado os mesmos sinais clínicos. Para eles a explicação mais provável é por conseguinte que Dolly apanhou esta infecção. (Em baixo, representação da formação da ovelha Dolly.)
Contudo é difícil não pensar que a morte Dolly imediatamente após o seu 6º aniversário não é talvez um azar. Com efeito os cromossomas que permitiram criar Dolly tinham mais de 12 anos de existência, o que é a idade média de falecimentos para uma ovelha.
Controle Biológico - Inimigo natural domina a vespa-da-madeira
A vespa-da-madeira foi localizada em 1988 no Rio Grande do Sul e logo chegou a Santa Catarina e Paraná, atingindo cerca de 250 mil hectares. Altamente nociva, por danificar e matar árvores, colocou em risco os quase dois milhões de hectares de Pinus existentes no Brasil. Os pesquisadores da Embrapa estão utilizando, para controle, um sistema que inclui principalmente um nematóide e mais três vespas parasitóides, reduzindo 70% da população da praga. Com isso, o país obtém uma economia anual de 6,6 milhões de dólares. Esta tecnologia ganhou, em 2001, o Prêmio Finep de Inovação Tecnológica - Região Sul.
CONSERVAÇÃO DOS ALIMENTOS
A Conservação de alimentos visa preserva-los ao longo do tempo visando evitar a deterioração para uso futuro.
Os primeiros métodos de conservação de alimentos, usavam-se o sal e as especiarias para evitar a sua deterioração por microorganismos.
Conservação pelo calor
Consiste em elevar a temperatura pra combater microorganismos, conservado assim o alimento.
Fervura: Eleva-se a temperatura em até 100ºC para eliminar os microorganismos. Pasteurização: Ferve-se o alimento entre 65ºC e 85ºC, e rapidamente, logo em seguida, resfria-se o alimento.
Conservação pelo frio
Consiste em arrefecer o alimento, por meio do congelamento (no freezer ou congleador) ou do resfriamento (no Frigorifico). O frio dificulta a reprodução dos microorganismos, impedindo que existam nos alimentos.
Outros meios de conservação dos alimentos
A dessecação, consiste em retirar água dos alimentos. Sem água, não há vida, o que quer dizer que os microorganismo vão morrendo.
A liofilização também é um dos meios de conservação de alimentos, com ela, você congela o alimento a -40°C, depois ele é transformado em vapor e depois em líquido. Os astronautas utilizaram essa técnica entre 1962 e 1964.
O salgamento e da defumação (secagem usando fumaça)também dificultam a ação dos microorganismos. Esses processos são usados principalmente na conservação de carne.
O salgamento impede a proliferação dos micróbios, com ela, a carne dura cerca de 2 a 3 meses, pode ser usada em carne de boi, peixe e porco.
Existe a conservação através de aditivos químicos. Estes são: corantes, estabilizantes, espessantes, aromatizantes, etc. São usadas substâncias químicas para conservar alimentos industrializados, principalmente enlatados como milho verde, ervilha, etc.
Os aditivos alimentares são substâncias que são adicionadas aos alimentos com o propósito de manter ou modificar o seu sabor ou melhorar a sua aparência. Alguns aditivos são utilizados há séculos, como o sal (por exemplo no presunto) ou o vinagre (nos picles) entre outros.
Com o desenvolvimento da indústria alimentar na segunda metade do século XX, foram progressivamente introduzidos novos aditivos, de origem natural e artificial, permitindo a produção em larga escala e o transporte de alimentos a grandes distâncias, assegurando que o produto chega ao consumidor com um aspecto atractivo. Os aditivos utilizados na produção de um determinado alimento devem ser obrigatoriamente discriminados na sua embalagem, incluídos na lista de ingredientes utilizados na sua elaboração. Os aditivos utilizados pela indústria devem forçosamente ter sido objecto de aprovação prévia e fazer parte de uma lista dita positiva. Todos os aditivos eventualmente utilizados e não incluídos nessa lista são ilegais e o seu uso é portanto proíbido. Na União Europeia, como meio para regulamentar a sua utilização e informar os consumidores, os aditivos alimentares são identificados por um código único composto de um número antecedido pela letra "E", o número E.
Categorias de aditivos alimentares
Ácidos
São adicionados ácidos aos alimentos para tornar os sabores mais "vivos", e também para servir como conservantes e antioxidantes. Alguns ácidos comumente usados são: ácido acético, ácido cítrico, ácido tartárico, ácido málico, ácido fumárico e o ácido láctico.
Reguladores de acidez
São utilizados para alterar ou controlar a acidez ou alcalinidade dos alimentos.
Anti-aglomerantes
Evitam a aglomeração de partículas de produtos em pó (como no sal ou leite em pó).
Agentes anti-espuma
Reduzem ou inibem a formação de espumas em alimentos.
Anti-oxidantes
Actuam como conservantes ao inibir os efeitos do oxigénio sobre os alimentos, sendo em geral benéficos para a saúde (a Vitamina C é um exemplo).
Agentes de volume
São incorporados para aumentar o volume do alimento, sem alterar as suas características (por exemplo amido).
Corantes
Adicionados para substituir cores perdidas durante a preparação ou para tornar os alimentos mais atractivos.
Fixadores de cor
Utilizados para preservar a cor original dos alimentos.
Emulsionantes
Fazem com que a água e óleos permaneçam misturados numa emulsão, como na maionese.
Aromatizantes
Dão aos alimentos sabores ou aromas particulares, podendo ter origem natural ou artificial.
Intensificadores de sabor
Intensificam o sabor original dos alimentos.
Humidificantes
Evitam que os alimentos sequem.
Conservantes
Previnem ou inibem os estragos causados nos alimentos por fungos, bactérias, e outros microorganismos.
Estabilizantes, espessantes, gelificantes
Como o ágar ou a pectina (utilizada em compotas) conferem aos alimentos texturas mais firmes. Não sendo verdadeiros emulsionantes, ajudam a estabilizar as emulsões. Os espessantes aumentam a viscosidade dos alimentos sem alterarem significativamente as suas restantes propriedades.
Edulcorantes (adoçantes)
Alteram o sabor dos alimentos. Adoçantes, que não o açúcar, são adicionados para reduzir a energia fornecida pelo alimento ou porque têm efeitos benéficos em casos de doenças, (por exemplo diabetes).
Outras
Outras categorias de aditivos menos numerosas são: endurecedores; espumantes; dispersantes de gases em alimentos líquidos ou sólidos; levedantes químicos; os agentes de transporte incluindo solventes de transporte; sais de fusão; dispersantes de proteínas; agentes de brilho e protecção superficial; amidos modificados; gases de embalagem e propulsores; complexantes de metais.
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