Biologicamente Vivo!!!

Friday, June 08, 2007







Crescimento da População humana e sustentabilidade

A demografia é a ciência que estuda a dinâmica populacional humana. O seu objecto de estudo engloba as dimensões, estatísticas, estrutura e distribuição das diversas populações humanas. Estas não são estáticas, variando devido à natalidade, mortalidade, migrações e envelhecimento. A análise demográfica centra-se também nas características de toda uma sociedade ou um grupo específico, definido por critérios como a Educação, a nacionalidade, religião e pertença étnica. As informações básicas para os estudos demográficos provêm, sobretudo, dos recenseamentos periódicos da população e de outros censos, levantamentos e registos de migrações. Estes estudos têm como base fundamental para o seu trabalho os dados estatísticos que são recolhidos, à escala de cada país, pelos respectivos serviços de estatística. Os serviços de estatística procedem a contagens regulares e periódicas da população e, através da análise do comportamento dessa mesma população, fazem previsões e extrapolações que permitem a actualização dos dados recolhidos. As operações de contagem da população são os recenseamentos (ou censos), que se realizam geralmente de 10 em 10 anos. Os inquéritos estatísticos elaborados por demógrafos e geógrafos podem fornecer dados valiosos acerca das populações do passado, do presente e do futuro, revestindo-se, pois, de máxima importância. Senão, vejamos: à escala individual, permitem compilar as tabelas de duração de vida que vão servir, por exemplo, de referência às companhias seguradoras para atribuição de seguros aos diversos segurados; a uma escala mais genérica, permitem aos governos a planificação das novas situações nacionais, sociais e outras, susceptíveis de determinarem as mudanças de população; finalmente, à escala global, as estatísticas permitem, entre muitas outras finalidades, aos organismos das Nações Unidas vaticinarem alterações na procura mundial de recursos essenciais. No entanto, a demografia é muitas vezes reduzida à "estatística", no sentido original do termo, ao levantamento quantitativo da dimensão, composição e movimento da população. Ora, os demógrafos que pretendem passar da descrição à explicação (à ciência, portanto) referem que só analisando os princípios e as teorias das ciências sociais como a sociologia e a economia é possível indicar os aspectos demográficos das condutas – sugerindo-se, por vezes, ser preferível falar em sociologia da população.

Evolução Demográfica

A população mundial aumentou, lentamente, até meados do séc. XVIII, ma, a partir daí, o seu ritmo de crescimento tornou-se cada vez maior. Entre 1750 e 1950, o número de habitantes do planeta mais que triplicou e só os últimos 50 anos foram suficientes para que se ultrapassasse os 6 mil milhões de habitantes.
Evolução demográfica
Warren Thompson, no ano 1929, desenvolveu a estudos que são os mais válidos na actualidade. Thompson observou as mudanças (ou transição) que tinham experimentado nos últimos duzentos anos as sociedades industrializadas do seu tempo com respeito às taxas de natalidade e de mortalidade. De acordo com estas observações expôs a teoria da transição demográfica segundo a qual uma sociedade pré-industrial passa, demograficamente falando, por quatro estádios antes de derivar numa sociedade plenamente pós-industrial.
Evolução da taxa de mortalidade, taxa de natalidade e da população em geral.

1º) Regime demográfico primitivo, até 1750:
Caracterizou-se por um crescimento lento da população, durante o qual, os índices de mortalidade assumiram valores elevados, assim como os índices de natalidade, verificando-se um crescimento natural fraco que se deveu aos acontecimentos seguintes:
Às melhoras nas
técnicas agrícolas (que aumentam os rendimentos);
Às melhoras
tecnológicas;
Aos avanços em
medicina;
Alfabetização.
Estas mudanças contribuíram decisivamente a prolongar a
esperança de vida das pessoas e a reduzir a mortalidade.

2º) Revolução Demográfica, até 1950:
Até á segunda Guerra mundial, verificou-se um rápido crescimento da população. A taxa de mortalidade sofreu uma significativa redução, principalmente nos países industrializados, enquanto que a taxa de natalidade se manteve bastante elevada.


3º)Explosão Demográfica
Caracteriza-se por uma forte descidas das taxas de natalidade e mortalidade que atingem valores algo próximos, verificando-se um grande crescimento demográfico. A enorme descida da natalidade explica-se pelos seguintes factos:
O acesso à
contracepção;
A incorporação da
mulher na sociedade de trabalho;
À
educação;
Ao mercado trabalhista;
Ao acesso ao estado do bem-estar;
Ao processo de
urbanização;
À substituição da agricultura de subsistência pela agricultura de mercado.

4º) Regime Moderno:
A taxa de natalidade experimenta uma redução significativa até se situar abaixo da taxa de natalidade, pelo que o crescimento demográfico poderá ser mesmo negativo (perdem-se habitantes).

Estes valores de diferentes evoluções demográficas na população mundial dependem do grau de desenvolvimento dos países em questão.
Os países em vias de desenvolvimento iniciaram a transição demográfica mais tarde e repentinamente. Actualmente, a maioria deles, sobretudo os países africanos, mantêm a natalidade muito alta mas, em geral, estão a reduzir consideravelmente a mortalidade. Outros países, especialmente na
América Latina, na Ásia e também alguns de África, já reduziram muitíssimo a mortalidade e, ao mesmo tempo, estão a diminuir paulatinamente a natalidade.
Os demógrafos consideram que o actual ritmo de crescimento da população mundial tem data de caducidade, dado que os países em via de desenvolvimento, tarde, completarão a transição demográfica e acabarão por desfrutar de umas taxas de natalidade e mortalidade semelhantes às que têm os países desenvolvidos. Por esta razão, os demógrafos consideram que a catástrofe malthusiana prognosticada por
Thomas Malthus ao princípio do século XIX não acabará por se produzir.
A moderação no crescimento da população mundial dependerá da velocidade com que os países em vias de desenvolvimento sejam capazes de completar a transição demográfica. Segundo cálculos da
ONU, se os países pobres acelerarem o ritmo, no ano 2050 haverá no planeta uns 7,5 biliões de habitantes. Se, pelo contrário, o processo se moderar a população mundial poder-se-ia situar naquele ano em cerca de 11 biliões de habitantes.






Factores que condicionam a Demografia










A Natalidade

Nos países desenvolvidos, a industrialização provocou alterações sociais profundas, que foram acima referidas. Tal facto levou à necessidade de controlar o número de filhos. Actualmente, a manutenção de baixas taxas de natalidade deve-se aos factores seguintes:

Desenvolvimento de métodos contraceptivos cada vez mais eficazes, que permitem decidir o número de filhos que se quer ter;
Aumento da participação da mulher no mundo de trabalho, que lhe deixa menos disponibilidade para cuidar dos filhos e obriga a despesas com amas e infantários;
Grande parte da população vive no espaço urbano, onde a habitação é mais cara e menos espaçosa;
Cada vez há maiores exigências coma educação dos filhos, que aumentam a despesas da família;
Há tendência para o aumento da idade média do casamento, devido à maior duração da vida escolar;
Adia-se o nascimento do primeiro filho, motivado pela maior valorização da carreira profissional da mulher;
Há a convicção de que cada casal deve decidir, de forma livre e responsável, o número de filhos que deseja ter.

Evolução na percentagem de mulheres na população activa nalguns países desenvolvidos.



FAMÍLIAS
Embora se mantenha como predominante a família tradicional (casal com filhos), a sua estrutura tem se vindo a alterar: regista-se um crescimento das famílias com um único filho, em detrimento das famílias numerosas.



EDUCAÇÃO
No período compreendido entre 1995 e 1999, a taxa de crescimento das matrículas no ensino superior foi de 15%, sendo que os indivíduos do sexo feminino representam mais de metade desta população estudantil.


Nos países em desenvolvimento, a taxa de natalidade continua a aumentar. O que pode ser explicado pelos seguintes factores:

A população ainda não considera o controlo da natalidade importante, pois as despesas com os filhos não são elevadas e estes ajudam no trabalho, sendo uma possível fonte de rendimento;
O elevado número de crianças que morrem antes dos cinco anos de idade conduz à necessidade de ter mais filhos;
Inexistência de sistemas de segurança social que faz com que sejam os filhos a assegurar a velhice dos pais;
Reduzido grau de instrução, sobretudo da mulher o que dificulta a aceitação e a utilização correcta de meios contraceptivos;
Oposição da religião ao controlo da natalidade leva a população a rejeitar o planeamento familiar;
A idade do casamento muito precoce contribui para que os casais tenham mais filhos.


África terá mais mil milhões de habitantesPopulação vai dobrar nos próximos 50 anos

África terá nos próximos 50 anos mais mil milhões de habitantes, passando para 1,9 mil milhões, ou seja mais do dobro da sua população actual, prevê um relatório demográfico divulgado na quarta-feira.·Esta projecção, da responsabilidade do grupo privado de investigação norte-americano Population Reference Bureau, aponta para um crescimento demográfico de 193 por cento na África central e de 142 por cento na África ocidental até 2050.·Em contrapartida, a população da África austral, devastada pelo HIV/Sida, diminuirá 22 por cento, um declínio já previsto anteriormente.·Coincidindo com projecções anteriores, os países europeus deverão continuar a perder população, devido à quebra da taxa de natalidade e à baixa imigração, passando para 664 milhões (menos nove por cento).·Uma excepção será o norte da Europa, cuja população deverá aumentar seis por cento, contrastando com a população dos Estados Unidos que crescerá 45 por cento para 422 milhões em 2050.


A Fecundidade

A taxa de natalidade depende do número de filhos que cada mulher tem, ou seja, do índice de fecundidade. Para eu as gerações fossem subsistindo em igual número, era necessário que o índice de fecundidade fosse igual ou superior a 2,1. O índice de fecundidade tem as mesmas influências da taxa de natalidade.


Relação entre o índice de fecundidade e dois factores que o influenciam.

Nos países desenvolvidos, registam-se baixas taxas de natalidade e o índice de fecundidade não garante a renovação de gerações, principalmente na Europa. Enquanto que na maioria dos países em desenvolvimento, a taxa de natalidade é elevada e o índice de fecundidade garante a renovação de gerações, sendo África onde se verificam os valores mais elevados.

Europeus têm menos filhosPopulação em contracção duradoura, segundo a Science


A população europeia entrou numa fase de contracção duradoura porque as mulheres esperam mais tempo antes de ter o primeiro filho, tendência que se junta a um número de filhos, em média, inferior a dois.·A conclusão pertence a um estudo conduzido por investigadores austríacos, que vai ser publicado na edição de sexta-feira da revista Science.·Se o efeito do fraco número de filhos já era conhecido, o estudo agora conduzido sobre a população dos quinze países da União Europeia (UE) tenta descrever o impacto, no futuro, do aumento da idade média da maternidade. Os autores, que analisaram os números do Observatório demográfico europeu, estimam que 40 por cento do declínio demográfico futuro devido à baixa da fecundidade esteja relacionado com os nascimentos tardios.·«Descobrimos que a idade da maternidade pode ter um impacto essencial nas tendências demográficas no futuro», explicou o co- autor do estudo, Brian O Neill, do International Institute for Applied Systems Analysis de Laxenburg (Áustria). A taxa de natalidade média na UE depois do ajustamento do factor tempo é de apenas 1,5 crianças por mulher, segundo os investigadores.·De acordo com os cálculos dos cientistas, se a idade média das mulheres para serem mães continuar a aumentar durante os próximos dez e 40 anos, verificar-se-á uma tendência intrínseca de baixa da população de 55 milhões de pessoas, atingindo os 144 milhões até 2.100, excluindo os efeitos da imigração.·Segundo Wolfgang Lutz, da Academia das Ciências austríaca em Viena, que conduziu o estudo, o declínio demográfico contínuo da Europa e a tendência para o envelhecimento vão pesar sobre os sistemas de segurança social e reforma e podem provocar um abrandamento nos ganhos de produtividade.










A Mortalidade

Os principais factores que conduziram à diminuição das taxas de mortalidade nos países desenvolvidos foram os seguintes:
Melhoria da alimentação devido à modernização da agricultura (mecanização, meios para combater as doenças e as pragas);
Os progressos da medicina no tratamento e na prevenção de doenças (novos medicamentos, vacinas, etc.);
Construção de sistemas de saneamento básico 8 água canalizada, esgotos, etc.);
A melhoria das condições de habitação (higiene, conforto, privacidade, etc.);
O aumento da protecção social sistemas de financiamento da saúde, leis de protecção e segurança no trabalho, etc.);
O melhoramento da alimentação e consequente melhoria das defesas do organismo que conduziram à imunização relativamente a algumas doenças;

A taxa de Mortalidade no mundo.

Nos países em vias de desenvolvimento, a redução da taxa de mortalidade, a partir do séc. XX deve-se aos factos seguintes:
A vacinação contra inúmeras doenças, como a cólera e a malária, responsáveis por graves epidemias;
A abertura de poços e furos para abastecimento da água potável às populações;
A prestação de cuidados médicos por voluntários da área de saúde;
A formação profissional em diferentes áreas, o que permite ás próprias pessoas melhoras as suas condições de vida;
A introdução de algumas práticas agrícolas que permitem aumentar as produções e melhorar a alimentação;



SEGURANÇA E CRIMINALIDADE
A condução com excesso de álcool tem vindo a crescer, como mostra a evolução do tipo de crime que lhe está subjacente



SAÚDE
O número de óbitos em virtude de doenças respiratórias, registou um aumento de 41,5% no período compreendido entre 1995 e 1999.



A distribuição da taxa de natalidade não evidencia uma dicotomia clara entre países desenvolvidos e em desenvolvimento, sendo estes últimos que se encontram tanto os valores mais baixos como os mais elevados.
Grande parte dos países africanos e alguns asiáticos destacam-se pelos elevados valores que apresentam. Este facto deve-se, essencialmente, à grande pobreza, á existência de conflitos armados e a dificuldade em combater algumas doenças, com particular relevo para a sida, responsável pelo aumento da mortalidade em alguns países de África.

Dois dos grandes indicadores do modo como a ciência e a tecnologia influenciam o crescimento demográfico são a taxa de mortalidade infantil e a esperança media de vida.

A taxa de Crescimento Natural no mundo.

A mortalidade infantil
A nível mundial, verificou-se também a redução da taxa de mortalidade infantil, embora esta apresente ainda valores muito elevado em muito países. É mais difícil fazer descer a taxa de mortalidade infantil, pois as crianças são mais vulneráveis e, actualmente, nos países em desenvolvimento continuam a persistir:
Subnutrição, fome e escassez de água;
Falta de condições de habitação e higiene;
Assistência materno-infantil deficiente ou mesmo inexistente;
Impossibilidade de vacinar atempadamente todas as crianças;
Insuficiente assistência médica e hospitalar;
Pobreza e falta de informação;



Mortalidade de menores de cinco anos por habitantes.

A esperança média de vida
Durante o século XX houve um aumento da esperança média de vida principalmente nos países desenvolvidos, graças ao progresso da medicina e á melhoria das condições de vida.
O desenvolvimento de técnicas de fertilização artificial contribui para o aumento da esperança media de vida, assim como os estudos genéticos permitem combater doenças. Os hábitos de higiene pessoal a ingestão de águas potáveis, as redes de saneamento básico assim como outros factores acima referidos muito contribuíram para o aumento da esperança media de vida.
A esperança média de vida à nascença no mundo.

POPULAÇÃO
Em resultado da quebra da fertilidade e da mortalidade, tem-se assistido a um crescimento da população idosa: em 1991 representava 13,6% da população total, situando-se no final da década em 17,5 %.




PROTECÇÃO SOCIAL
O envelhecimento da população, a par da evolução de sinal positivo nos montantes das pensões, tem-se traduzido no crescimento constante das despesas em prestações de velhice e sobrevivência.
Despesas em prestações de velhice e sobrevivência, por pessoa activa







Portugal é um país onde se encontra uma população bastante envelhecida, o que se deve em parte à diminuição da taxa de natalidade, como também ao melhoramento da medicina e ainda ao facto de Portugal se um país de parida da população jovem, que migra em busca de melhores condições de vida.

Padrões de crescimento demográfico


Relação entre a percentagem de população idosa e a esperança média de vida.





Os comportamentos demográficos influenciam a estrutura estaria da população, a proporção de jovens relaciona-se com a taxa de natalidade e o índice de fecundidade, enquanto que a proporção de idosos s e relaciona com a esperança media de vida. A taxa de natalidade tenda a ter valores mais elevados nos países em desenvolvimento, embora tenha vindo a diminuir.




Nos países desenvolvidos a estrutura etária revela um envelhecimento da população devido á diminuição dos jovens e aumento dos idosos. Enquanto que, nos países em desenvolvimento, a estrutura etária é caracterizada por uma população jovem.





População envelhecida



Censos 2001 – População idosa ultrapassa jovens pela primeira vez

A população portuguesa está a envelhecer e pela primeira vez a percentagem de idosos (16,4%) ultrapassou a dos jovens até aos 14 anos (16%), anunciou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).·Na divulgação dos dados provisórios dos Censos de 2001, o INE apresentou dados comparativos com as operações censitárias de 1991 e 1981 que permitem concluir um "duplo envelhecimento" da população portuguesa.·"Trata-se de um duplo envelhecimento: pelo topo, com a população idosa a aumentar 26,8% face a 1991 e 51,2% face a 1981; pela base, com a população jovem a diminuir 15,9% face a 1991 e 33,8% face a 1981", refere uma nota do INE.·Os dados recolhidos nos Censos de 2001 traduzem, também, um decréscimo, relativamente a 1991, de 8,3% da população entre os 15 e os 24 anos, e de 9,3% face a 1981. Esta diminuição é justificada com um "acentuado declínio" da natalidade a partir da década de 80.·Entre os 25 e os 64 anos foi, pelo contrário, registado um acréscimo de população de 11,7% relativamente a 1991 e de 20,7% face a 1981.
O aumento da população idosa é um fenómeno positivo na medida em que é uma consequência do aumento da esperança media de vida. No entanto, consiste no aumento das despesas do estado uma vez que, haverá cada vez mais pensões e reformas. Também se verifica uma discrepância entre a percentagem da população activa e não activa. A renovação das gerações é também mais difícil a renovação de gerações.




População jovem
Nos países em desenvolvimento, a quantidade de jovens, permanece em relação aos idosos. Estes países tem fraca capacidade económica para responder as necessidades da população como a alimentação, saúde, educação e emprego. Uma população jovem acarreta alguns problemas como: subnutrição, mortalidade infantil alta, baixa alfabetização, sub emprego, desemprego, falta de habitação ou mesmo o aparecimento de actividades ilícitas como o tráfico de drogas.







Explosão Demográfica

Pobreza
Sabe-se que a pobreza e crescente endividamento dos países pobres deve-se à sua exploração pelos países "desenvolvidos". E que, dentro dos países "subdesenvolvidos" (como o Brasil), embora a sua renda per capita seja menor que a dos países ricos, a pobreza da maior parte de sua população deve-se a distribuição completamente desigual de renda dentro da sociedade e não a uma insuficiente produção de riquezas. Logo, embora certamente a explosão demográfica agrave a situação de fome, a fome deve-se principalmente à desigualdade social vigente nos países "subdesenvolvidos".
A questão da pobreza dos países do terceiro mundo vem sendo discutida por entidades governamentais e não-governamentais em todo o planeta, porém esta discussão conduz sempre à perspectiva da necessidade de incrementar o crescimento económico dos países subdesenvolvidos, principalmente propondo que estes sigam os modelos de desenvolvimento dos países ditos desenvolvidos, particularmente dos Estados Unidos. Aspectos como a questão demográfica nos países subdesenvolvidos já não chamam mais a atenção como na década de 70, quando a teoria da “bomba populacional” assombrou o mundo mostrando a insustentabilidade dos padrões de crescimento daquela época.
A pobreza das nações subdesenvolvidas não vai ser resolvida com o remédio do crescimento económico aos moldes dos padrões insustentáveis adoptados pelos países ricos. A viabilidade económica para esses países passa pelo controlo do crescimento demográfico e pela adopção de padrões de desenvolvimento que não sigam os mesmos caminhos adoptados pelos países ricos, uma vez que eles estão num patamar de riqueza baseado na utilização insustentável de recursos naturais e em relações sociais baseadas no consumismo, ou seja, os seus sistemas económicos não produzem o que as pessoas precisam, e sim o que o próprio sistema necessita para continuar crescendo.
Uma alternativa extremamente viável seria a adopção de incentivos governamentais para o desenvolvimento e utilização de energias alternativas e a substituição progressiva das formas actuais baseadas no petróleo. Imagine-se a quantidade de empregos que seriam gerados no desenvolvimento dessas actividades. Bastaria unicamente saber se os donos do mundo deixariam e suportariam ou mesmo se iriam querer invadir países como o Brasil para controlar suas fontes de energia solar e eólica.

O que é a explosão demográfica? Como ocorreu?
A explosão demográfica é o grande aumento da população dos seres humanos, ocorrido principalmente no
século XX.
É, na verdade, como se fosse uma bomba de pavio aceso prestes a explodir, daí a comparação da explosão com a população.
Até ao século
XIX, a mortalidade era extremamente elevada, pois a humanidade não tinha recursos suficientes para combater grande parte das doenças.
As grandes descobertas do século XX, como a
penicilina, as vacinas e os antibióticos. Diminuíram bruscamente o índice de mortalidade. Como a natalidade não foi reduzida, o resultado foi o aumento do crescimento vegetativo.

Quando analisamos o crescimento demográfico, o que mais surpreende é a velocidade do crescimento, e o crescimento das cidades, fenómeno recente na história da humanidade. Estima-se que, há cerca de 2000 anos atrás, a população global era de cerca de 300 milhões de habitantes. Por um longo período a população mundial não cresceu significativamente, com períodos de crescimento seguidos de períodos de declínio. Decorreram-se mais de 1600 anos para que a população do mundo dobrasse para 600 milhões. O contingente populacional estimado para o ano de 1750, é de 791 milhões de pessoas, das quais 64% viviam na Ásia, 21% na Europa e 13% em África.
A humanidade gastou, portanto, dezenas de milhares de anos para alcançar o primeiro bilião de habitantes, facto ocorrido por volta de 1802. Em seguida, foram necessários mais 125 anos para dobrar a população, alcançando assim o planeta, por volta de 1927, 2 biliões de habitantes. O terceiro bilião foi atingido 34 anos depois, em 1961, e assim por diante. Ao lado pode-se ver o ano em que se atingiu cada bilião de seres humanos. Num abrir e fechar de olhos, a contar no relógio da História do ser humano, o homem abandonou o modo de vida que criara há cerca de 10 mil anos, com o advento da agricultura, e passou a multiplicar-se nas cidades, um mundo de facilidades, mas também um mundo literalmente à parte da natureza. Em 1900, nove em cada dez homens, mulheres e crianças, que somavam uma população de 1,65 bilião de humanos, ainda viviam no campo. Espera-se que, daqui a pouco tempo (cerca de 1 ano), quase metade dos actuais 6 biliões de pessoas habitará cidades; dessa população urbana, estima-se que uma proporção de três para vinte pessoas se encontre nas cerca de meia centena de metrópoles e megalópoles (população igual ou maior que 5 milhões de habitantes).
A ONU estima que no ano 2000 a população mundial crescia então a um ritmo de 1,2 % (77 milhões de pessoas) por ano. Isto representa um decréscimo da taxa de crescimento em relação ao seu nível em 1990, sobretudo devido à quebra das taxas de natalidade.
A China é actualmente o país mais povoado do mundo com 1.300 milhões de habitantes, porém devido à baixa taxa de natalidade será superada em 2050 pela Índia, que na altura atingirá os 1.600 milhões.

Europeus vão ser menos dentro de 20 anosPopulação com tendência à diminuição

No ano 2000, a população da União Europeia cresceu em cerca de um milhão de pessoas em relação ao ano anterior, segundo o Livro do Ano 2002 agora publicado pela Eurostat (www.europa.eu.int/comm/eurostat). Ao atingir os 377 milhões de habitantes em 1 de Janeiro de 2001, a União Europeia assegurou a terceira maior população do Mundo, apesar da distância a que fica da China (1273 milhões) e da Índia (1029 milhões de pessoas). Mas, ainda assim, teve uma taxa de crescimento demográfico três vezes inferior à dos Estados Unidos.·O crescimento demográfico natural (diferença entre nascimentos e óbitos) registou um saldo positivo de quase 90 mil pessoas, o que, juntamente com a estabilização dos fluxos migratórios, explica o crescimento no ano 2000. Mas atenção: se as taxas de fertilidade, mortalidade e migração internacional se mantiverem, a população continuará a crescer até 2023, e a partir daí começa a diminuir, regredindo até aos níveis actuais em 2050.·A migração líquida continua a ser o mais significativo componente do crescimento demográfico. Isso verifica-se desde finais da década de 80, mas acentuou-se significativamente na década de 90, contribuindo com um peso de dois terços ou mesmo três quartos para este aumento populacional. "Sem os ganhos populacionais atribuídos à migração, o número de pessoas na Alemanha, Grécia, Itália e Suécia teria diminuído, e na Áustria não teria havido qualquer aumento", afirma o relatório.

Causas da explosão Demográfica
Foram várias as causas desta fase de rápido crescimento da população mundial. A maioria das quais correspondem aos motivos para o decréscimo das taxas de mortalidade acima referidos. Os índices de mortalidade nos países em vias de desenvolvimento tiveram uma queda marcante após a Segunda Guerra Mundial. Campanhas de saúde pública e de vacinação reduziram espectacularmente a doença e a mortalidade infantil. Nos países desenvolvidos, esses declínios na mortalidade tinham levado séculos para ocorrer, à medida que a própria sociedade gradualmente se transformava, tornando-se mais urbanizada e menos dependente de grandes famílias. Como resultado, as taxas de natalidade e mortalidade tendiam a decrescer proporcionalmente, e as taxas de crescimento populacional nunca atingiram o nível que atingiriam mais tarde, nos países em desenvolvimento. Na década de sessenta, as mulheres nos países em desenvolvimento estavam tendo, em média, seis filhos.


Consequências da explosão demográfica
O contínuo aumento populacional pode ter várias consequências negativas. A mais falada é a questão da escassez de alimentos, mas a verdade é que os alimentos estão mal distribuídos mundialmente, caso contrário como justificaríamos o facto de morrerem mais pessoas por excesso de alimentação (obesidade e problemas cardiovasculares) do que pessoas a morrer à fome? Com o aumento da população e desenvolvimento dos países aumenta também a poluição produzida, e se já com a população actual os problemas ambientais relacionados com a poluição são bastantes, então deduz-se que serão muito piores com uma população ainda maior e a produzir cada vez mais desperdícios; este aumento da poluição poderá implicar também a degradação de muitos ecossistemas naturais. Na sociedade globalizada em que vivemos outro grave problema é a propagação de epidemias, que agora o fazem com muito mais facilidade devido ao contacto entre indivíduos de todos os pontos do mundo uns com os outros devido aos avanços dos meios de transporte. O facto de haver cada vez mais gente, para menos área habitável faz também com que comecem a surgir populações que habitam áreas perigosas do planeta, facilmente susceptíveis a catástrofes (ex.: áreas de grande actividade vulcânica). Têm também preocupado as autoridades governamentais os problemas associados à criação de empregos, meios de habitação, transportes, educação e saúde.


Medidas para atenuar a explosão demográfica
“Em matéria de política demográfica, conheço uma só que é segura: fazer com que os indivíduos, por si sós, percebam que a família grande não tem mais sua razão de ser.... Hoje, tudo isto mudou; a família actual não exige mais dez filhos, e sim três filhos. Assim que se compreender isto, o equilíbrio demográfico se restabelecerá.”

É necessário implementar medidas que levem os casais a ter menos filhos, principalmente nos países em desenvolvimento onde a taxa de natalidade é maior. Dentre estas medidas destacam-se as seguintes:
Dinamização de campanhas publicitarias que promovam a ideia de que uma família com um ou dois filhos pode ter melhor qualidade de vida e ser mais feliz;
A divulgação do uso de métodos contraceptivos, muitas vezes com distribuição gratuita;
A legalização da interrupção voluntária da gravidez;
O alargamento dos serviços de informação no âmbito do planeamento familiar:
O recurso em incentivos para o casamento em idades mais tardios;
A atribuição de prémios aos casais que aceitem realizar a esterilização;
A promoção social da mulher, através da sua instrução e formação profissional.

As medidas acima referidas foram implementadas em alguns países sendo que nalguns com carácter liberal, procurando sensibilizar a população, enquanto que noutros com carácter repressivo definindo número de limite de filhos por casal. Na china foi implementada em 1979 a politica de “filho único”. Os casais que tivessem mais que um filho perderiam as regalias sociais, os bens alimentados ser-lhe-iam racionados, o salário diminuído e poderiam mesmo perder o emprego.

Importa também aumentar a escolaridade, especialmente entre as raparigas. Melhorias na situação económica, social e jurídica das jovens e das mulheres poderão contribuir para aumentar o seu poder de negociação, conferindo-lhes uma voz mais forte nas decisões relacionadas com os aspectos reprodutivos e produtivos da família.

AMBIENTE E CONFORTO
A tomada de consciência por parte da população sobre a poluição, leva-a a reivindicar melhor qualidade de vida, de que o crescimento das reclamações ambientais é um indicador.
Número de reclamações ambientais, por 100 000 habitantes
Lei do "Filho Único" entrou em vigor na ChinaAgência Estatal do Respeito defende que se trata de uma «Lei Humanitária»

A primeira lei que regula a "política do filho único" na China entrou ontem em vigor, mais de 20 anos depois de, efectivamente, começar a ser aplicada e das consequentes denúncias de abortos e esterilização forçados.·"Esta lei será um marco na causa do desenvolvimento da população que passará de um período imperativo a um outro onde a satisfação da população é o objectivo prioritário", segundo se lê num documento sobre planeamento familiar da prestigiosa Universidade da China, em Pequim.A China continuará a incentivar a população a casar-se tarde e a ter poucos filhos, embora estabeleça de forma clara e pela primeira vez os direitos e obrigações da população no âmbito do planeamento familiar, através desta lei de sete capítulos e 47 artigos.

Demografia de Portugal


Gráfico da evolução
demográfica em Portugal entre 1961 e 2003.
A população
portuguesa é uma rica combinação de vários elementos étnicos, desde Ibéricos, Celtas, Celtiberos, Lusitanos a Romanos, Suevos, Visigodos e, mais tarde, Mouros. Portugal, incluindo os Arquipélagos dos Açores e Madeira tem uma população estimada em 10.529.255 pessoas (estimativa INE a 31 de Dezembro de 2004), representando uma densidade populacional de 114 pessoas por quilómetro quadrado.
O idioma oficial, utilizado pela quase totalidade da população, é o
Português. O Mirandês é reconhecido oficialmente e ensinado nas escolas do concelho de Miranda do Douro. O seu uso, no entanto, é bastante restrito, estando em curso acções de revitalização.

Taxas de mortalidade e natalidade em Portugal.
Actualmente a população portuguesa tem vindo a aumentar, mas com um crescimento natural (natalidade menos a mortalidade) cada vez menor, levando a que o país se encontre envelhecido e não exista renovação de gerações. Por outro lado, a
esperança média de vida tem vindo a aumentar, tanto nos homens como nas mulheres. O maior crescimento da população tem-se verificado nos distritos costeiros principalmente Setúbal, Porto, Aveiro e Braga, mas continua a diminuir nos distritos do interior.
Nos últimos tempos a
imigração tem vindo a aumentar em consequência da entrada de africanos provenientes dos PALOP e europeus de Leste, estabelecendo-se principalmente nas grandes cidades portuguesas. A emigração permanente tem-se mantido a níveis baixos, desde a revolução do 25 de Abril de 1974 e com a entrada na União Europeia. Internamente, a migração é dominada pela atracção exercida pelas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto em relação ao resto do País.

População mundial futura
O crescimento futuro da população é difícil de prever. As taxas de natalidade estão a diminuir em geral, mas variam muito entre países desenvolvidos e países em vias e desenvolvimento. As taxas de mortalidade podem mudar inesperadamente devido a doenças, guerras e catástrofes, ou avanços na medicina. A ONU publicou várias projecções da população mundial futura, baseadas nos diferentes pressupostos. Ao longo dos últimos 10 anos, a ONU tem revisto constantemente as suas projecções da população mundial, corrigindo-as para valores inferiores aos anteriormente anunciados. Se nenhuma acção, em escala global – em especial nos países subdesenvolvidos – for tomada para conter o crescimento exponencial da população mundial, ele prosseguirá, tal como tem sido, até meados do próximo século.
Evolução prevista da taxa de crescimento natural e da população, nos países desenvolvidos e nos países em desenvolvimento.




















Destaques

Poluentes químicos e sexo das crianças: Qual a relação?Homens com PCB’s no sangue são mais propensos a terem filhos rapazes

Que a fertilidade, feminina e masculina, pode ser afectada pela poluição já tem sido afirmado pela comunidade científica. Mas será que os poluentes podem ter alguma influência sobre a determinação do sexo do bebé?·Um grupo de investigadores norte-americanos da Universidade de Michigan afirma que sim. Segundo Wilfried Karmaus e seus colaboradores, os homens que têm maiores quantidades de bifenilos policlorados – vulgarmente conhecidos como PCB’s – na corrente sanguínea são mais propensos a terem filhos do sexo masculino.·Quando entrevistado pela BBC Online, Karmaus considera que não existe qualquer problema num casal ter um menino ou uma menina. O problema é que a influência destes poluentes químicos sobre a determinação o sexo das crianças pode conduzir, em algumas populações (nomeadamente as localizadas em zonas costeiras, onde a alimentação é mais rica em produtos de origem aquática) a uma alteração na proporção de meninos e meninas nascidos. De acordo com este investigador, este facto irá provocar alterações demográficas, designadamente em termos de equilíbrio entre os dois sexos.·Os PCB’s são poluentes químicos que, tal como as dioxinas, actuam no organismo humano como hormonas. Efeitos muito agressivos destas substâncias já foram descritos anteriormente como, por exemplo, deformações nos órgãos sexuais de peixes e jacarés. Nos seres humanos, já foi estabelecida a relação entre as dioxinas e os PCB’s com alguns tipos de cancro, a infertilidade e algumas alterações sexuais. Os PCBs podem ter origem em diferentes fontes industriais incluindo fluidos hidráulicos, óleos, condensadores e transformadores eléctricos.·No relato deste trabalho publicado na edição deste mês do Journal of Occupational and Environmental Medicine, os cientistas salientam o facto de que o estudo teve como base uma amostra reduzida.·O estudo·Karmaus e colaboradores estudaram os nascimentos, ocorridos desde 1963, em famílias cuja dieta alimentar inclui peixes provenientes dos Grandes Lagos, no Canadá. Para conseguirem estabelecer a relação entre o sexo das crianças nascidas durante este período e a poluição por PCB’s, os investigadores pesquisaram a presença destes químicos na corrente sanguínea dos pais.·Para os investigadores, estes novos dados são importantes na medida em que mostram que os poluentes químicos, mais especificamente os PCB’s, podem ter efeitos mais amplos do que os identificados até à data. O ratio entre os sexos de uma determinada população e a própria demografia local podem estar a ser afectadas em vários locais do planeta.



As pessoas nascidas no Outono vivem mais tempo do que as que fazem anos noutras estações, indica um estudo do Instituto de Investigação Demográfica de Rostock (Alemanha) hoje divulgado.·Os investigadores do instituto, que integra a rede da Sociedade Max Planck, a maior instituição científica alemã, analisaram os dados de mais de um milhão de pessoas de vários países que faleceram entre 1968 e 1998 e que no momento da sua morte tinham pelo menos 50 anos.·Assim, os dinamarqueses nascidos entre Outubro e Dezembro vivem três meses mais que a média, enquanto que os austríacos nascidos no Outono vivem até meio ano mais que os seus compatriotas nascidos entre Abril e Junho. A origem destas diferenças reside nas melhores condições em que se encontra o feto no ventre materno nos meses de Verão e nas doenças infecciosas sazonais, que aparecem com mais frequência noutras épocas do ano, concluem os autores do estudo, Gabriele Doblhammer-Reiter e James Vaupel.·Ambos afirmam que a ligação entre mês de nascimento e esperança de vida será mais débil entre as crianças nascidas neste século, mas manter-se-á apesar de tudo.·Os investigadores viram confirmados os resultados de outro estudo que realizaram nos EUA, segundo os quais os norte-americanos que comemoram o aniversário no Inverno vivem em média um ano e meio mais que os nascidos no Verão. Este trabalho mereceu publicação na revista especializada "Proceedings of the National Academy of Sciences".






POLUIÇÃO DO AR


A poluição atmosférica resulta da emissão crescente de gases poluentes, provocam uma degradação dos ecossistemas devido aos depósitos de azoto e substâncias ácidas, não respeita fronteiras, por isso se trata de um problema local e transfronteiriço. Este tipo de poluição pode dar origem ao efeito estufa, alterações climatéricas, diminuição da qualidade do ar, problemas de saúde nos seres vivos como diversas doenças respiratórias, diversos tipos de cancros, etc.
A atmosfera do planeta é uma excepção na medida em que é dos raros recursos naturais que é compartilhado pelo mundo inteiro. Pelo que os efeitos negativos sobre esta são globalmente sentidos.
Tendo em conta que os problemas que advêm da
atmosfera representam perigo para os organismos têm-se vindo a desenvolver estudos sobre o efeito estufa e a consequente destruição da camada de ozônio, para além de provocar as chuvas ácidas, fenômenos estes que contribuem grandemente para a poluição atmosférica.
A poluição do ar é a principal responsável pelo
efeito estufa e está por detrás de inúmeros problemas ambientais e de saúde.
Para se agir adequadamente contra a poluição atmosférica é necessário:
Medir e conhecer a concentração dos
poluentes no ar
Definir as fontes poluentes

Definir a qualidade do ar
Analisar os valores limite
Observar a evolução da qualidade do ar
Planejar acções que promovam melhor qualidade do ar, tais como: reordenar actividades socio-económicas, localizar fontes poluentes, alterar o percurso rodoviário e reduzir as emissões de poluentes atmosféricos.
O desenvolvimento industrial e urbano tem originado em todo o mundo um aumento crescente da emissão de poluentes atmosféricos. O acréscimo das concentrações atmosféricas destas substâncias, a sua deposição no solo, nos vegetais e nos materiais é responsável por danos na saúde, redução da produção agrícola, danos nas florestas, degradação de construções e obras de arte e de uma forma geral origina desequilíbrios nos ecossistemas.
Em Portugal, os problemas de qualidade do ar não afetam o território de uma forma sistemática, encontrando-se localizados em algumas áreas onde é maior a concentração urbana e a presença de grandes unidades industriais (Sines, Setúbal, Barreiro-Seixal, Lisboa, Estarreja e Porto).
No entanto, a poluição do ar, devido às características da circulação atmosférica e à permanência de alguns poluentes na atmosfera por largos períodos de tempo, apresenta um caráter transfronteira e é responsável por alterações no planeta, o que obriga à conjugação de esforços a nível internacional.
São, deste modo, exigidas acções para prevenir ou reduzir os efeitos da degradação da qualidade do ar o que já foi demonstrado ser compatível com o desenvolvimento industrial e social. A gestão da qualidade do ar envolve a definição de limites de concentração dos poluentes na atmosfera, a limitação de emissão dos mesmos, bem como a intervenção no processo de licenciamento, na criação de estruturas de controle da poluição em áreas especiais e apoios na implementação de tecnologias menos poluentes.
Sobre a saúde humana a poluição atmosférica afeta o
sistema respiratório podendo agravar ou mesmo provocar diversas doenças crónicas tais como a asma, bronquite crónica, infecções nos pulmões, enfizema pulmonar, doenças do coração e cancro do pulmão.
Os poluentes atmosféricos podem afetar a vegetação por duas vias: via direta
e via indireta. Os efeitos diretos resultam da destruição de tecidos das folhas das plantas provocados pela deposição seca de SO2, pelas chuvas ácidas ou pelo ozônio, refletindo-se na redução da área fotossintética. Os efeitos indiretos são provocados pela acidificação dos solos com a conseqüênte redução de nutrientes e libertação de substâncias prejudiciais às plantas, resultando numa menor produtividade e numa maior susceptibilidade a pragas e doenças.
Os efeitos negativos dos poluentes nos materiais resultam da abrasão, reações químicas diretas ou indiretas, corrosão electroquímica ou devido à necessidade de aumentar a frequência das ações de limpeza. As rochas calcáreas são as mais afetadas, nomeadamente pela acidificação das águas da chuva.
Os odores são responsáveis por efeitos psicológicos importantes estando associados, sobretudo, aos locais de deposição e tratamento de resíduos sólidos e a algumas indústrias de que são exemplo as fábricas de pasta de papel.
Fontes Poluidoras
A nível nacional destacam-se, pelas suas emissões, as Unidades Industriais e de Produção de Energia como a geração de energia elétrica, as refinarias, fábricas de pasta de papel, siderurgia, cimenteiras e indústria química e de adubos. A utilização de combustíveis para a produção de energia é responsável pela maior parte das emissões de SOx e CO2 contribuindo, ainda, de forma significativa para as emissões de CO e NOx. O uso de solventes em colas, tintas, produtos de proteção de superfícies, aerossóis, limpeza de metais e lavanderias é responsável pela emissão de quantidades apreciáveis de Compostos Orgânicos Voláteis.
Existem outras fontes poluidoras que, em certas condições, se pode revelar importantes, tais como:
A queima de resíduos urbanos, industriais, agrícolas e florestais, feita muitas vezes, em situações incontroladas. A queima de resíduos de explosivos, resinas, tintas, plásticos, pneus é responsável pela emissão de compostos perigosos (ver Fichas, e );
Os fogos florestais são, nos últimos anos, responsáveis por emissões significativas de CO2;
O uso de fertilizantes e o excesso de concentração agropecuária, são os principais contribuintes para as emissões de metano, amoníaco e N2O;
As indústrias de minerais não metálicos, a siderurgia, as pedreiras e áreas em construção, são fontes importantes de emissões de partículas.
Fontes Móveis
As fontes móveis, sobretudo os transportes rodoviários, são uma fonte importante de poluentes, essencialmente devido às emissões dos gases de escape, mas também como resultado da evaporação de combustíveis. São os principais emissores de NOx e CO, importantes emissores de CO2 e de COV, além de serem responsáveis pela emissão de poluentes específicos como o chumbo.
Acidificação
Poluentes como o SO2 e o NOx são os principais responsáveis pelo problema da acidificação. Em contacto com a água transformam-se em ácidos sulfúrico e nítrico, os quais dissolvidos na chuva e na neve atingem o solos sob a forma de sulfatos (SO42-), nitratos (NO3-) e iões de Hidrogénio (H+) - deposição húmida. No entanto o SO2 e os NOx podem ser depositados directamente no solo ou nas folhas das plantas como gases ou associados a poeiras - deposição seca. A acidez é dada pela concentração de (H+) libertados pelos ácidos e é normalmente indicada pelos valores de pH.
Efeito Estufa
A temperatura da troposfera é pouco afectada pela radiação solar directa, a que é relativamente transparente, aquecendo sobretudo como resultado da absorção das radiações de grande comprimento de onda emitidas pela superfície terrestre. A absorção da radiação terrestre é efectuada por diversos compostos de que se salienta o CO2 mas também o CH4, Ozono, N2O e os CFC. Estes funcionam assim como os vidros de uma estufa, deixando passar a radiação solar que aquece o solo e retendo a radiação terrestre. É por esta razão que o acréscimo na concentração destes poluentes poderá ter como reflexo o aumento da temperatura do ar. O aumento da temperatura do globo terá como consequências prováveis o aumento das áreas desérticas bem como o degelo das calotes polares com a consequente subida do nível das águas dos oceanos.
Registaram-se nos últimos anos aumentos da concentração atmosférica de CO2, numa amplitude que ultrapassa as oscilações do último milhar de anos e de que as principais causas serão o aumento de uso de combustíveis fósseis e a deflorestação.
O reconhecimento por parte da Comunidade Internacional, da grande importância da estabilização dos gases com efeito de estufa a níveis que não afectem o sistema climático global, levou à adopção da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as alterações climáticas, que entrou em vigor a 21 de Março de 1994.
Redução da Camada de Ozono
A presença do ozono na estratosfera (entre 20 e 40 km de altitude) funciona como uma barreira para a radiação ultravioleta, tornando-se assim essencial para a manutenção da vida na superfície terrestre. Desde os anos 70 que se tem medido a redução da concentração de ozono em locais específicos da atmosfera ("buracos do ozono" nas regiões Antártica e Ártica) e de uma forma geral em todo o planeta.
É reconhecido que as emissões, à escala mundial de certas substâncias, entre as quais se contam os hidrocarbonetos clorofluorados (CFC's) e os Halons, podem deteriorar a camada de ozono, de modo a existir risco de efeitos nocivos para a saúde do homem e para o ambiente em geral. Atentos a esta problemática mais de cem países já ratificaram a Convenção de Viena para a protecção da camada de oxono e o Protocolo de Montreal sobre as substâncias que deterioram a camada de ozono. Este Protocolo estabelece o controlo da produção e consumo de cerca de 90 substâncias regulamentadas.


Medidas de Controlo da Poluição Atmosférica
Para reduzir a concentração dos poluentes atmosféricos são necessárias tanto medidas preventivas como correctivas, assumindo a informação um papel fundamental na mobilização dos cidadãos. Entre os principais meios de intervenção disponíveis contam-se:
Estabelecimento de limites de qualidade do ar ambiente;
Definição de normas de emissão;
Licenciamento das fontes poluidoras;
Incentivo à utilização de novas tecnologias;
Utilização de equipamento de redução de emissões (por exemplo os catalizadores nos automóveis e a utilização de equipamento de despoluição de efluentes gasosos nas indústrias);
Controlo dos locais de deposição de resíduos sólidos, impedindo os fogos espontâneos e a queima de resíduos perigosos;
Utilização de redes de monitorização da qualidade do ar;
Incentivo à permanência de florestas naturais;
Estabelecimento de Planos de Emergência para situações de poluição atmosférica graves;
Criação de serviços de informação e de auxílio às populações sujeitas ou afectadas pela poluição atmosférica.
Estabelecimento de limites de qualidade do ar ambiente
Os valores limite de concentração de poluentes atmosféricos definem níveis de concentração de poluentes no ar ambiente necessários (com uma determinada margem de precaução) para proteger a saúde pública. Actualmente, em Portugal, existem limites para SO2, Partículas em Suspensão, NO2, CO, Chumbo e Ozônio.
Normas de emissão e licenciamento
Destinam-se a ser aplicadas pelas fontes pontuais, sobretudo industriais, bem como pelas fontes móveis, sobretudo os veículos automóveis. Em Portugal existem limites de emissão de aplicação geral e específicos para diversos tipos de indústrias e para diversos poluentes.
As normas de emissão estão intimamente relacionadas com o licenciamento das actividades produtivas. O processo de licenciamento deverá ter em consideração a realização do Estudo de Impacte Ambiental, sendo aconselhável a utilização das melhores técnicas disponíveis para minimizar as emissões para a atmosfera.
Incentivo à utilização de novas tecnologias
Uso de tecnologias limpas envolvendo tanto as fontes pontuais como as fontes móveis através de:
Redução dos consumos de energia através da sua utilização mais racional ou de utilização de outras fontes de energia alternativas responsáveis por menores emissões de CO2 e de outros poluentes;
Utilização de combustíveis que reduzam as quantidades de poluentes emitidos (dessulfuração de derivados de petróleo ou utilização de gasolina sem chumbo, por exemplo);
Substituição de compostos nocivos, tais como os CFC e alguns solventes, por outros inóquos ou de menores inconvenientes;
Utilização de tecnologias geradoras de menores quantidades poluentes.
Diminuta utilização de produtos com Clorofluorcarbonetos ou em abreviado CFCs, prejudiciais à camada de ozono.
POLUIÇÃO DA ÁGUA


Poluição das águas é um tipo de poluição causado pelo lançamento de esgoto residencial ou industrial não tratados em cursos de água (rios, lagos ou mares) ou ainda pelo lançamento de fertilizantes agrícolas, em quantidade demasiada alta que o corpo da água não pode absorver naturalmente. A poluição altera as características da água enquanto a contaminação pode afetar a saúde do consumidor da água. Assim uma água pode estar poluída sem estar contaminada.


Lançamento de esgoto
Os materiais orgânicos presentes no esgoto (
excrementos etc.) nutrem as bactérias aeróbias decompositoras. Por serem aeróbias, consomem o oxigênio diluído na água, podendo matar por asfixia a fauna ali existente (principalmente os peixes). Juntamente com essas bactérias, podem existir ou não os agentes patogênicos: vermes (esquistossomose, etc.), protozoários (giárdias e amebas, etc.), vírus (hepatite etc.) e bactérias (leptospirose, cólera, febre tifóide etc.).
Como as bactérias aeróbias continuam a se multiplicar, e se a
poluição continua elevada, a certa altura elas próprias morrem asfixiadas por esgotamento do oxigênio dissolvido na água, sendo substituídas então por um novo tipo de bactéria: as bactérias anaeróbicas, que não necessitam de oxigênio, exalando do metabolismo substâncias de muito mau cheiro, como o gás sulfídrico, que possui um odor típico de ovos podres, insuportável em certos rios, como o Tietê, o Tamanduateí e o Pinheiros na cidade de São Paulo e o Canal do Mangue, no Rio de Janeiro.

Solução
A solução que deve ser tomada a fim de evitar esses transtornos é tratar o esgoto produzido antes de lançá-lo nos rios ou mares, se estes não suportarem a carga poluidora, diminuindo assim a matéria orgânica, as substâncias tóxicas e os agentes
patogênicos. Quando o corpo d'água absorve bem a matéria orgânica, pode-se fazer, sem maiores problemas, o lançamento dos esgotos através de emissários submarinos bem projetados e bem calculados como em Boston e em Santa Mônica (EUA), Ipanema e Barra da Tijuca no Rio de Janeiro, Santos, Maceió, etc.

Floração das águas
Este fenômeno é causado pelo uso agrícola de
adubos e fertilizantes, que contêm fósforo e nitrogênio (também denominado azoto) que ao atingir os cursos d'água, nutrem as plantas aquáticas, transformando a água em algo semelhante a um caldo verde, vindo daí o título Floração das Águas.

Poluição com dejetos não-biodegradáveis
Os compostos citados acima são
orgânicos; logo, são biodegradáveis e podem ser decompostos por bactérias. Mas há compostos inorgânicos sintéticos, que se acumulam nos seres vivos, causando-lhes graves danos em certos casos. Exemplos de produtos não-biodegradáveis são: os detergentes, os combustíveis, tais como petróleo, gasolina ou a poluição provocada por metais pesados: chumbo, alumínio, zinco e mercúrio (provindo da extração dos garimpos).
POLUIÇÃO DOS SOLOS
A poluição do solo consiste numa das formas de poluição, que afeta particularmente a camada superficial da crosta terrestre, causando malefícios diretos ou indiretos à vida humana, à natureza e ao meio ambiente em geral. Consiste na presença indevida, no solo, de elementos químicos estranhos, de origem humana, que prejudiquem as formas de vida e seu desenvolvimento regular.
A poluição do
solo pode ser de duas origens: urbana e agrícola.

Poluição de origem urbana
Nas áreas urbanas o
lixo jogado sobre a superfície, sem o devido tr
atamento, são uma das principais causas dessa poluição. A presença humana, lançando detritos e substâncias químicas, como os derivados do petróleo, constitui-se num dos problemas ambientais que necessitam de atenção das autoridades públicas e da sociedade.

Poluição de origem agrícola
A contaminação do solo, nas áreas rurais, dá-se sobretudo pelo uso indevido de
agrotóxicos, técnicas arcaicas de produção (a exemplo do subproduto da cana-de-açúcar, o vinhoto; dos curtumes e a criação de porcos).

Aterros sanitários
Uma das formas de se lidar com os resíduos urbanos é a destinação de locais de depósito para os mesmos, denominados
aterros. Nestes lugares todo o lixo urbano é depositado, sem qualquer forma de tratamento ou reciclagem.

Wednesday, June 06, 2007






FERMENTAÇÃO




Á fermentação do ponto de vista bioquímico é um processo anaeróbio de transformação de uma substância em outra, produzida a partir de microorganismos, tais como bactérias e fungos, chamados nesses casos de fermentos. Exemplo de fermentação é o processo de transformação dos açúcares das plantas em álcool, tal como ocorre no processo de fabricação da cerveja, cujo álcool etilico é produzido a partir do consumo de açúcares presentes no malte, que é obtido através da cevada germinada.
Outro exemplo é o da massa do [bolo,pao..] onde os fermentos (leveduras) consomem amido.
Esses fungos começam a digerir o
açúcar da massa do pão, liberando CO2 (gás carbônico), que aumenta o volume da massa.
De um modo geral o termo fermentação também é usado na biotecnologia para definir processos aeróbios.
Há dois tipos de fermentação:
Fermentação aeróbica: ocorre na presença de oxigênio do ar, como por exemplo em:
Ácido cítrico, Penicilina.
Fermentação Anaeróbica: ocorre na ausência de oxigênio, como por exemplo em:
Iogurte, Vinagre, Cerveja, Vinho.
Não deve ser confundida com a respiração anaeróbica (processo no qual algumas bactérias produzem energia anaerobicamente formando resíduos inorgânicos). A fermentação é usada na conserva de alimentos (por exemplo, de
chucrute).







O Reino Monera, das bactérias, é estranho: há bactérias que nos prejudicam com doenças e infecções, mas, ao mesmo tempo, algumas nos ajudam, fazendo a fermentação, produzindo do iogurte à penicilina.
E por mais estranho que possa parecer, a fermentação de alimentos é um tipo de decomposição!
Quem faz a fermentação?
São alguns tipos de bactérias e fungos. Por exemplo, quando eles estão na massa do pão, vêem todo aquele
amido "morto"; e na natureza, "tudo se transforma", de acordo com Lavoisier.
Essas bactérias começam a digerir o açúcar da massa do pão, liberando CO2 (gás carbônico), que aumenta o volume da massa.
Como pode ocorrer a fermentação?
Há dois tipo de fermentação:
- Fermentação aeróbica: ocorre na presença de oxigênio do ar, como por exemplo em:
Ácido cítrico
Penicilina

- Fermentação Anaeróbica: ocorre na ausência de oxigênio, como por em:
Iogurte
Vinagre
Cerveja
(e até) Cãimbras




Curiosidade Histórica:
Lembra-se do tempo de filmes tipo faroeste?
Naquela época, morriam muitos cowboys por má fermentação!
Todos eles tinham o costume de beber whisky ou cerveja, mas nas más condições de produção da época, acabavam participando da fermentação bactérias impróprias, que liberavam substâncias fatais.







ENZIMAS




Enzimas são um grupo de substâncias orgânicas de natureza normalmente protéica (existem também enzimas constituídas de RNA [1]), com actividade intra ou extracelular que têm funções catalisadoras, catalisando reações químicas que, sem a sua presença, dificilmente aconteceriam. Isso é conseguido através do aumento da velocidade das reações químicas, possibilitando o metabolismo dos seres vivos.
O ramo da
Bioquímica que trata do estudo das reacções enzimáticas é a Enzimologia.


Atividade enzimática
As enzimas convertem uma substância, chamada de
substrato, noutra denominada produto, e são extremamente específicas para a reação que catalisam. Isso significa que, em geral, uma enzima catalisa um e só um tipo de reação química. Conseqüentemente, o tipo de enzimas encontradas numa célula determina o tipo de metabolismo que a célula efetua.
A velocidade da reação catalisada por uma enzima é aumentada devido ao abaixamento da
energia de ativação necessária para converter o substrato no produto. O aceleramento da reação pode ser da ordem dos milhões de vezes: por exemplo, a enzima orotidina-5'-fosfato descarboxilase diminui a velocidade da reação por si catalisada de 78 milhões de anos para 25 milissegundos.
Como são catalisadores, as enzimas não são consumidas na reacção e não alteram o equilíbrio químico dela.
A actividade enzimática pode depender da presença de determinadas moléculas, genericamente chamadas cofatores. A natureza química dos cofatores é muito variável, podendo ser, por exemplo, um ou mais
iões metálicos (como o ferro), ou uma molécula orgânica (como a vitamina B12). Estes cofatores podem participar ou não directamente na reacção enzimática.
Determinadas substâncias, como algumas
drogas, toxinas e outros venenos, podem inibir a atividade de algumas enzimas, diminuindo-a ou eliminando-a totalmente. Um paralelismo encontra-se na intoxicação de mamíferos por monóxido de carbono: o CO liga-se fortemente ao ferro contido no hemo da hemoglobina, formando carboxiemoglobina e impedindo a ligação do oxigénio molecular ao hemo. [3]. Substâncias que produzem um efeito semelhante nos enzimas chamam-se inibidores enzimáticos. No entanto, como a hemoglobina não é uma enzima, não se trata de um exemplo.




Localização
Podemos encontrar enzimas em quase todas as estruturas celulares e fluidos corporais. Algumas têm uma localização específica, de tal modo que podem servir para indicar que estamos em presença de um tal tecido, secreção ou fragmento celular se se verificar a actividade de uma dada enzima.

História
Era já sabido, entre o final do século XVII e início do século XVIII, que
secreções estomacais eram capazes de digerir a carne; [4] era também conhecida a conversão de amido a açúcares pela saliva e extractos vegetais. O mecanismo subjacente a estas transformações não era, no entanto, conhecido. [5]
As enzimas foram descobertas no século XIX, aparentemente por Pasteur, que concluiu que a fermentação do açúcar em álcool pela levedura é catalisada por fermentos. Ele postulou que esses fermentos (as enzimas) eram inseparáveis da estrutura das células vivas do levedo. Pasteur declarou que "a fermentação alcoólica é um acto correlacionado com a vida e organização das células do fermento, e não com a sua morte ou putrefacção".
Em 1878, Wilhelm Kühne empregou pela primeira vez o termo "enzima" para descrever este fermento, usando a palavra grega ενζυμον, que significa "levedar". O termo passou a ser mais tarde usado apenas para as proteínas com capacidade catalítica, enquanto que o termo "fermento" se refere à actividade exercida por organismos vivos.
Em
1897, Eduard Buchner descobriu que os extratos de levedo podiam fermentar o açúcar até álcool e provou que as enzimas envolvidas na fermentação continuavam funcionando mesmo quando removidas das células vivas . Esta descoberta valeu-lhe o prémio Nobel de Química em 1907.
Restava determinar qual a natureza dos enzimas. Alguns afirmavam que as
proteínas, associadas à actividade enzimática, apenas eram o suporte do verdadeiro enzima, e, por si próprias, incapazes de catálise. Em 1926, James B. Sumner purificou e cristalizou a urease, mostrando tratar-se de uma proteína pura, e fez o mesmo, em 1937, para a catalase. A prova final foi feita por Northrop and Stanley em 1930, com o estudo de três enzimas digestivas, a pepsina, a tripsina e a quimotripsina, pelo que receberam o Prémio Nobel da Química em 1946.
J.B.S. Haldane escreveu um tratado intitulado “Enzimas”, onde continha a notável sugestão de que as interações por ligações fracas, entre a enzima e seu substrato, poderiam ser usadas para distorcer a molécula do substrato e catalisar a reação.
A cristalização de enzimas purificadas permitiu que as suas estruturas moleculares pudessem ser examinadas por
cristalografia de raios X, o que aconteceu primeiro com a lisozima, um enzima que ocorre na saliva, lágrimas e na clara de ovo e destrói a parede celular de bactérias, em 1965 . Começaram assim a bioquímica e biologia estruturais, que se esforçam por compreender o funcionamento dos enzimas a nível atómico.
A tentativa de compreender o mecanismo da
catálise enzimática a nível quântico tem sido facilitada recentemente pelo aumento de capacidade aritmética dos computadores.

Nomenclatura
A determinação do nome das enzimas é normatizada por um comitê especializado, o Nomenclature Committee of the International Union of Biochemistry and Molecular Biology (
NC-IUBMB).

Classes de enzimas
EC1 -
Oxirredutases.
EC2 -
Transferases.
EC3 -
Hidrolases.
EC4 -
Liases.
EC5 -
Isomerases.
EC6 -
Ligases.
A partir destas categorias principais, os enzimas ainda são subdivididos em outras categorias, podendo ser identificados pelo seu número da EC; por exemplo,
EC 5.4.2.2 é a fosfoglicomutase.

Aplicações
Enzimas digestivas tais como a amilase, protease e lipase, reduzem os alimentos em componentes menores que são mais facilmente absorvidos no tracto digestivo.
As enzimas contribuem enormemente para inúmeras indústrias. Enzimas de processamento alimentar tais como a glucoamilase podem reduzir o alimento em glucose.
Uma aplicação industrial é a produção de antibióticos em larga escala. Encontram-se também determinados tipos de enzimas em produtos de limpeza, para ajudar a digerir gorduras e proteínas presentes em nódoas.
Também são usadas em investigação laboratorial e na medição de concentrações de substâncias com interesse clínico (Patologia Clínica, análises clínicas).










METABOLISMO




Metabolismo (do grego metabolé, μεταβολισμος, que significa "mudança", troca, acrescido de ismo) é o conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior dos organismos vivos. Metabolismo celular é o conjunto de todas as reacções químicas que ocorrem nas células (a nível celular).
Estas
reações químicas são responsáveis pelos processos de síntese e degradação dos nutrientes na célula.




Tipos de reacções:
Anabólicas ou reacções de síntese (produção de nova matéria), são reacções químicas que produzem nova matéria orgânica - produzida pelos seres vivos - sintetizam-se novos compostos (moléculas mais complexas) a partir de moléculas mais simples (com consumo de ATP).
Catabólicas ou reacções de decomposição/degradação, são reacções químicas que produzem grandes quantidades de energia livre (sob a forma de ATP) a partir da decomposição/degradação de moléculas + complexas (matéria orgânica).
Quando o catabolismo supera em atividade o anabolismo, o organismo perde
peso, o que acontece em períodos de jejum ou doença; mas se o anabolismo superar o catabolismo, o organismo cresce ou ganha peso. Se ambos os processos estão em equilíbrio, o organismo encontra-se em equilíbrio dinâmico ou homeostase.










MICROPROPAGAÇÃO




Termo utilizado pela primeira vez por Hartman e Kester (1975) que passou a ser empregado para definir os processos de propagação vegetativa na cultura de tecidos vegetais.
A micropropagação consiste na produção rápida de milhares de clones de uma planta, a partir de uma única célula vegetal somática ou de um pequeno pedaço de tecido vegetal (explante).
As técnicas a que a micropropagação recorre baseiam-se em métodos modernos de cultura de tecidos vegetais in vitro. Deste modo, a micropropagação é utilizada para multiplicar plantas jovens, produzidas pelos métodos convencionais de produção de plantas, e mesmo plantas genéticamente modificadas.
É também utilizada para fornecer um número elevado de plântulas destinadas à plantação, que foram clonadas a partir de uma planta em stock que não produza semente ou que não responda bem à obtenção de clones por multiplicação vegetal. No entanto, a micropropagação é utilizada sobretudo em plantas ornamentais, como nas orquídeas, e em árvores para madeira, como nos pinheiros.


Métodos de propagação

Establecimento
Para que se criem plântulas por micropropagação, é necessário obter uma ou várias células indeferênciadas (células totipotentes) do parênquima ou um explante da planta-mãe. Esta pequena quantidade de tecido que forma o explante pode ser tão pequeno como um pequeno conjunto de células, e é colocádo num meio de cultura adequado ao seu crescimento, contendo nutrientes e hormonas, nomeadamente sacarose como fonte de energia e hormonas de crescimento.
O tecido da planta começa então a crescer, formando uma massa de células indeferênciadas denominada tecido caloso. Este tecido continua a crescer e a diferenciar-se em novos tecidos específicos, originado uma plântula.

Multiplicação
Uma planta pode originar milhares de clones a partir de um único explante, bastando para isso subdividir o tecido caloso as vezes desejadas, à medida que este vai crescendo.

Pretransplante
Esta fase consiste em tratar as "plântulas-proveta" produzidas, de modo a incentivar o crescimento da raiz e a "resistentificação" da planta. Este procedimento é realizado In Vitro ou num ambiente esterelizado de um tubo de ensaio.
O cescimento da raiz nem sempre ocorre durante as primeiras fases da cultura de tecidos vegetais, e é obviamente uma exigência para um crescimento da planta bem sucedido após o processo de micropropagação. Para que se favoreça o crescimento das raízes, recorre-se à transferência das plântulas para um meio In Vitro que contém auxinas.
"Resistentificação" refere-se à preparação da planta para uma crescimento num ambiente natural. Até esta fase, as plântulas desenvolveram-se em condições ideais, concebidas para a incentivação de um crescimento rápido. Devido a isto, uma plântula que não passe por esta fase e que seja logo exposta num ambinte natural, irá estar mais susceptível a doenças e o seu uso da água e da energia será ineficiente.
A "resistentificação" normalmente envolve uma exposição lenta das plântulas a ambientes com muita humidade, com pouca luz e de temperatura amena, o que seria considerado uma ambiente para um crescimento normal das espécies em questão.
A fase do pretransplante nem sempre é realizada, pelo que é incorporada na fase da transferência da cultura para um meio natural, sendo então acrescentado a essa fase o tratamento (Ex Vitro) para o crescimento das raizes e para a obtenção de resistência.




Transferência da cultura
Na fase final da micropropagação, as plântulas são transferidas para o solo, ou, o mais comum, transferidas para vasos com um composto orgânico para um crescimento contínuo atrvés dos métodos convencionais.

Vantagens da Micropropagação
Produz plantas livres de doenças.
Produz plântulas enraizadas prontas para a plantação e crescimento, o que é melhor do que o recurso a sementes e a estacas.
Possui uma fecundidade extremamente elevada, pelo que se obtêm milhares de plantas enquanto que através das técnicas convencionais se obtém apenas entre dezenas a centas de plantas no mesmo período de tempo.
É o único método viável para a regeneração de células genéticamente modificadas e para células resultantes da fusão de protoplastos.
É um bom método de multiplicar plantas que não produzam sementes ou que apenas produzam em quantidades pouco lucrativas.
A micropropagação produz plantas mais resistentes, com um crescimento mais rápido do que as plantas produzidas através de métodos convêncionais.

Desvantagens da Micropropagação
É um processo muito dispêndioso e pode ter um custo laboral superior a 70%.
Uma planta infectada pode produzir clones infectados. Isto é incomum, já que as plantas em stock são seleccionadas e vedadas com cuidado para evitar isto.
A maior desvantagem é o custo. A maioria das plantas irão naturalmente produzir sementes, que normalmente são livres de doenças e que crescerão rápidamente sob boas condiões. O número de semente produzidas varia, mas é normalmente aceitável para a multiplicação e é de graça. Por esta razão, muitos criadores de plantas nunca recorrerão à micropropagação devido ao seu custo proibitivo.
A mecanização do processo irá eliminar a maior parte dos custos laborais associados. No entanto, este objectivo tem provado grandes dificuldades até hoje, apesar das tentativas activas para desenvolver esta tecnologia.










CLONAGEM




Clonagem é basicamente a produção de indivíduos geneticamente iguais. É um processo de reprodução assexuada que resulta na obtenção de cópias geneticamente idênticas de um mesmo ser vivo – microorganismo, vegetal ou animal. A reprodução assexuada é um método próprio dos organismos constituídos por uma única ou por um escasso número de células, por via de regra absolutamente dependentes do meio onde vivem e muito vulneráveis às suas modificações.
A clonagem pode ser natural ou induzida artificialmente. Ela é natural em todos os seres originados a partir de reprodução assexuada (ou seja, na qual não há participação de células sexuais), como é o caso das bactérias, dos seres unicelulares e mesmo da relva de jardim. A clonagem natural também pode ocorrer em mamíferos, como no tatu e, mais raramente, nos gêmeos univitelinos. Nos dois casos, embora haja reprodução sexuada na formação do ovo, os descendentes idênticos têm origem a partir de um processo assexuado de divisão celular. Os indivíduos resultantes da clonagem têm, geralmente, o mesmo genótipo, isto é, o mesmo património genético.
Mas também pode ser introduzida artificialmente, a partir de um processo no qual é retirado de uma célula qualquer o núcleo, e de um óvulo a membrana. No qual depois é colocado em uma "Barriga de aluguel" Ou mesmo em laboratório, para a clonagem terapêutica. A clonagem terapêutica é usada para obter células troco.




Informações Históricas
Há já bastante tempo que os progressos do saber e os respectivos avanços da técnica no âmbito da biologia molecular, genética e fecundação artificial tornaram possível a experimentação e a realização de clonagens no campo vegetal e animal. No reino animal, por exemplo, desde os anos 30 que se efectuam experiências de produção de seres idênticos, obtidos por cisão gemelar artificial, modalidade esta que se pode impropriamente definir clonagem. A prática da cisão gemelar no campo zootécnico tem-se difundido nos estábulos especialmente reservados à experimentação, como incentivo à multiplicação de certos exemplares seleccionados.
Em 1993, Jerry Hall e Robert Stilmann, da " George Washington " University ", divulgaram dados relativos às experiências, por eles executadas, de cisão gemelar de embriões humanos de 2,4 e 8 embrioblastos. Tais experiências foram realizadas sem o prévio consenso da Comissão Ética competente, e os dados publicados para, segundo os seus autores, provocar o debate ético. Mas a notícia, publicada na revista " Nature " de 27 de Fevereiro de 1997, do nascimento da ovelha Dolly por obra dos cientistas escoceses, Jan Vilmut e K.H.S. Campbell, com os seus colaboradores do "Roslin Institute" de Edimburgo, abalou excepcionalmente a opinião pública, suscitando tomadas de posição de Comissões e Autoridades nacionais e internacionais: isto porque se tratou de um facto novo e considerado inquietante.
A novidade do facto deve-se a duas razões.
A primeira é que se tratou, não duma cisão gemelar, mas duma novidade radical definida clonagem, isto é, uma reprodução assexual e agâmica destinada a produzir seres biologicamente iguais ao indivíduo adulto que fornece o património genético nuclear.
A segunda razão é que este género de clonagem verdadeira e propriamente dita era, até então, considerado impossível. Julgava-se que o ADN (ácido desoxirribonucléico) das células somáticas dos animais superiores, tendo sofrido o processo conformativo da diferenciação, já não pudessem recuperar toda a potencialidade original e, consequentemente, a capacidade de guiar o desenvolvimento dum novo indivíduo.
Superada tal suposta impossibilidade, parecia que estava já aberto o caminho para a clonagem humana, entendida como replicação dum ou mais indivíduos somaticamente idênticos ao doador. O facto suscitou, justamente, ansiedade e alarme. Mas, depois duma primeira fase de unânime oposição, levantaram-se algumas vozes querendo chamar a atenção para a necessidade de garantir a liberdade da investigação e de não exorcizar o progresso, e chegando mesmo a fazer a previsão duma futura aceitação da clonagem por parte da Igreja Católica.

Clone
Clone é um conjunto de células geneticamente idênticas que são todas descendentes de uma célula ancestral, podendo dar origem a um grande número de organismos iguais entre si. Designa também todos os indivíduos, considerados colectivamente, resultantes da reprodução assexuada (ou partenogénese ou apoximia) de uma única forma inicial individualizada. é também a réplica exacta de um gene obtido por engenharia genética numa sequência de ácido desorribonucleico (ADN). Os componentes de um clone têm sempre a mesma constituição genética desde que não ocorra qualquer mutação.
A palavra «clone» foi introduzida na língua inglesa no início do século XX.
A sua origem etimológica é da palavra grega klon, que quer dizer broto de um vegetal.

Potenciais benefícios da clonagem humana
Ao longo da evolução do tempo, foram/são vários os benefícios que os cientistas acreditam que a clonagem humana tem. Aqui estão algumas das suas ideias sobre o assunto.
O rejuvenescimento. O Dr. Richard Seed, um dos principais propulsores da clonagem humana, sugere que um dia, poderá vir a ser possível inverter o processo do envelhecimento devido à aprendizagem que nos é fornecida através do processo de clonagem.
A tecnologia humana da clonagem podia ser usada para inverter os ataques cardíacos. Os cientistas afirmam que conseguirão tratar vítimas de ataques cardíacos através da clonagem das suas células saudáveis do coração, e injectando-as nas áreas do coração que foram danificadas. As doenças cardiovasculares são a maior causa de morte em grande parte dos países industrializados;
Casos de infertilidade. Com a clonagem, os casais infertéis poderiam ter filhos. Uma estimativa é que os tratamentos actuais de infertilidade são menos de 10 por cento bem sucedidos. Os casais passam por um sofrimento psíquico e emocional muito grande, para uma possibilidade remota de ter filhos. Muitos perdem o seu tempo e dinheiro sem sucesso. A clonagem humana torna possível fazer com que muitos casais inférteis consigam ter filhos.
A Cirurgia plástica, reconstrutiva e estética. Devido à clonagem humana e à sua tecnologia, os problemas, que, por vezes, ocorrem depois de algumas cirurgias de implantes mamários ou de outros procedimentos estéticos deixam de existir. Com a nova tecnologia, em vez de usar materiais estranhos ao corpo, os médicos serão capazes de manufacturar o osso, a gordura, ou a cartilagem que combina os tecidos dos pacientes exactamente. Qualquer um poderá ter a sua aparência modificada para sua satisfação, sem riscos de doença. As vítimas dos acidentes terríveis que deformam a cara (por exemplo), devem assim conseguir voltar a ter as suas características, sendo reparadas e de maneira mais segura. Os membros para amputados também poderão vir a ser regenerados.
Implantes mamários. Muitas pessoas verificaram que os implantes mamários as faziam ficar doentes, com doenças próprias dos seus sistemas imunes, devido a algumas incompatibilidades produzidas por materiais usados no aumento de peito. Com a clonagem humana e a sua tecnologia de implantes mamários e outros formulários da cirurgia estética, poderia ser feito com implantes que não seriam diferentes dos tecidos normais da pessoa.
Genes defeituosos. Cada pessoa média carrega 8 genes defeituosos dentro deles. Estes genes defeituosos permitem que as pessoas fiquem doentes quando permaneceriam de outra maneira, saudáveis. Com a clonagem e a sua tecnologia pode ser possível assegurar-se de que não soframos mais por causa dos nossos genes defeituosos.
Casos de Síndrome de Down. As mulheres com risco elevado para o síndroma de Down, poderão evitar esse risco através da clonagem;
Problemas no fígado e nos rins. Poderá ser possível clonar fígados humanos para transplante dos mesmos
A Leucemia. Este espera-se ser um dos primeiros benefícios a vir desta tecnologia.
Vários tipos de Cancro. Poderemos aprender como trocar células, ‘’on’’ and ‘’off’’, através da clonagem, e assim, ser capaz de curar diversos cancros. Os cientistas ainda não sabem exactamente se as células se diferenciam em tipos específicos do tecido, nem compreendem porque células cancerígenas perdem o seu isolamento
Fibrose Cística. Poderemos conseguir produzir uma terapia genética eficaz contra a fibrose cística. Alguns cientistas já se encontram a trabalhar nesta área.
Ferimento da coluna vertebral. Aprenderemos a fazer crescer, outra vez, os nervos ou a parte posterior da coluna vertebral, quando magoada. Quadraplégicos poderão sair das suas cadeiras de rodas e voltar a andar.
Testar algumas doenças genéticas. A clonagem pode ser usada para testar, e talvez curar, doenças genéticas.
As espécies em vias de extinção poderiam ser salvas - com a pesquisa que conduz à clonagem humana nós aperfeiçoaremos a tecnologia para clonar animais, e assim nós poderíamos para sempre preservar a espécie posta em perigo, incluindo seres humanos.

Potenciais riscos da clonagem humana
A possibilidade de comprometer a individualidade;
A perda de variabilidade genética;
Envelhecimento precoce;
Grande número de anomalias;
Lesões hepáticas, tumores, baixa imunidade;
Um mercado negro de fetos pode surgir, de dadores ‘’desejáveis’’ que queiram clonar-se a eles próprios, como estrelas de cinema, atletas ente outros;
A tecnologia não está ainda bem desenvolvida, tendo uma baixa taxa de fertilidade (para clonar a Dolly foram precisos 277 ovos, 30 começaram a dividir-se, 9 induziram a gravidez e apenas 1 sobreviveu);
Os clones poderão ser alvo de discriminação por parte da sociedade;
Os clones poderão estar sujeitos a problemas psicológicos desconhecidos, com impacto na família e na sociedade.

A ovelha Dolly
Antes da clonagem
Dolly, os investigadores tinham chegado a clonar ovelhas a partir de células embrionárias. Em Fevereiro de 1997, um grupo de cientistas escoceses, liderado pelo inglês Ian Wilmut, anuncia a realização da primeira cópia genética (clonagem) de um mamífero adulto de 6 anos, a partir de uma célula somática: a ovelha da raça Finn Dorset, baptizada de Dolly. Na experiência, os pesquisadores usaram uma célula da glândula mamária, cujo núcleo (onde está armazenado o material genético) foi retirado e transferido para um óvulo anucleado. Essa nova célula formada com o auxílio de uma corrente eléctrica foi então implantada no útero de uma terceira ovelha, onde Dolly foi gerada.
Porém, enquanto que a maior parte das ovelhas vive entre o 11 e o 12 anos,
Dolly morreu com 6 anos e meio após ter começado a manifestar doenças frequentemente associadas à velhice, a partir da idade de 5 anos e meio.
Um dos temores principais era que
Dolly nascesse prematuramente velha. Dolly deu nascimento a 4 ovelhas, o primeiro nascimento teve lugar em 1998, as três seguintes em 1999. Este nascimento foi de excelentes notícias, provando que animal clonado não era um estéril e podia reproduzir-se sem problema essencial. Recentemente tem sido demonstrado uma relação directa entre a dimensão dos télomères e a esperança de vida (em saber mais: a dimensão dos télomères influencia a esperança de vida). Os télomères agiriam como um relógio molecular que controla o número de divisão da célula antes de induzir a sua morte. Em 1999, os cientistas observaram que as células Dolly apresentavam sinais de envelhecimento. Em Janeiro de 2002, foi anunciado que Dolly apresentava sinais de artrite ao quadril e os joelhos esquerdos. A artrite é uma doença bastante comum nas ovelhas, mas habitualmente a artrite aparece numa idade mais avançada, bem como uma localização diferente. A artrite foi tratada eficazmente graças a anti-inflamatórios.
A ovelha
Dolly foi morta em 14 de Fevereiro de 2003 no seguimento do diagnóstico de uma doença pulmonar evolutiva. Os investigadores dizem que é necessário esperar os resultados da autópsia para determinar se esta doença é ligada ao facto de Dolly ser um animal clonado. Contudo favorecem actualmente outra hipótese. É com efeito possível que Dolly foi vítima de uma infecção que progride lentamente. Recusaram-se a citar o nome da infecção, afirmaram que pelo menos outra ovelha da exploração agrícola onde se encontrava Dolly tinha apresentado os mesmos sinais clínicos. Para eles a explicação mais provável é por conseguinte que Dolly apanhou esta infecção. (Em baixo, representação da formação da ovelha Dolly.)
Contudo é difícil não pensar que a morte
Dolly imediatamente após o seu 6º aniversário não é talvez um azar. Com efeito os cromossomas que permitiram criar Dolly tinham mais de 12 anos de existência, o que é a idade média de falecimentos para uma ovelha.










Controle Biológico - Inimigo natural domina a vespa-da-madeira
A vespa-da-madeira foi localizada em 1988 no Rio Grande do Sul e logo chegou a Santa Catarina e Paraná, atingindo cerca de 250 mil hectares. Altamente nociva, por danificar e matar árvores, colocou em risco os quase dois milhões de hectares de Pinus existentes no Brasil. Os pesquisadores da Embrapa estão utilizando, para controle, um sistema que inclui principalmente um nematóide e mais três vespas parasitóides, reduzindo 70% da população da praga. Com isso, o país obtém uma economia anual de 6,6 milhões de dólares. Esta tecnologia ganhou, em 2001, o Prêmio Finep de Inovação Tecnológica - Região Sul.










CONSERVAÇÃO DOS ALIMENTOS
A Conservação de alimentos visa preserva-los ao longo do tempo visando evitar a deterioração para uso futuro.
Os primeiros métodos de conservação de alimentos, usavam-se o
sal e as especiarias para evitar a sua deterioração por microorganismos.

Conservação pelo calor
Consiste em elevar a
temperatura pra combater microorganismos, conservado assim o alimento.
Fervura: Eleva-se a temperatura em até 100ºC para eliminar os microorganismos. Pasteurização: Ferve-se o alimento entre 65ºC e 85ºC, e rapidamente, logo em seguida, resfria-se o alimento.

Conservação pelo frio
Consiste em arrefecer o alimento, por meio do congelamento (no freezer ou congleador) ou do resfriamento (no
Frigorifico). O frio dificulta a reprodução dos microorganismos, impedindo que existam nos alimentos.

Outros meios de conservação dos alimentos
A dessecação, consiste em retirar
água dos alimentos. Sem água, não há vida, o que quer dizer que os microorganismo vão morrendo.
A liofilização também é um dos meios de conservação de
alimentos, com ela, você congela o alimento a -40°C, depois ele é transformado em vapor e depois em líquido. Os astronautas utilizaram essa técnica entre 1962 e 1964.
O salgamento e da defumação (secagem usando fumaça)também dificultam a ação dos microorganismos. Esses processos são usados principalmente na conservação de
carne.
O salgamento impede a proliferação dos
micróbios, com ela, a carne dura cerca de 2 a 3 meses, pode ser usada em carne de boi, peixe e porco.
Existe a conservação através de aditivos químicos. Estes são: corantes, estabilizantes, espessantes, aromatizantes, etc. São usadas substâncias
químicas para conservar alimentos industrializados, principalmente enlatados como milho verde, ervilha, etc.







Os aditivos alimentares são substâncias que são adicionadas aos alimentos com o propósito de manter ou modificar o seu sabor ou melhorar a sua aparência. Alguns aditivos são utilizados há séculos, como o sal (por exemplo no presunto) ou o vinagre (nos picles) entre outros.

Com o desenvolvimento da indústria alimentar na segunda metade do século XX, foram progressivamente introduzidos novos aditivos, de origem natural e artificial, permitindo a produção em larga escala e o transporte de alimentos a grandes distâncias, assegurando que o produto chega ao consumidor com um aspecto atractivo. Os aditivos utilizados na produção de um determinado alimento devem ser obrigatoriamente discriminados na sua embalagem, incluídos na lista de ingredientes utilizados na sua elaboração. Os aditivos utilizados pela indústria devem forçosamente ter sido objecto de aprovação prévia e fazer parte de uma lista dita positiva. Todos os aditivos eventualmente utilizados e não incluídos nessa lista são ilegais e o seu uso é portanto proíbido. Na União Europeia, como meio para regulamentar a sua utilização e informar os consumidores, os aditivos alimentares são identificados por um código único composto de um número antecedido pela letra "E", o número E.

Categorias de aditivos alimentares

Ácidos
São adicionados ácidos aos alimentos para tornar os sabores mais "vivos", e também para servir como conservantes e
antioxidantes. Alguns ácidos comumente usados são: ácido acético, ácido cítrico, ácido tartárico, ácido málico, ácido fumárico e o ácido láctico.

Reguladores de acidez
São utilizados para alterar ou controlar a
acidez ou alcalinidade dos alimentos.

Anti-aglomerantes
Evitam a aglomeração de partículas de produtos em pó (como no sal ou leite em pó).

Agentes anti-espuma
Reduzem ou inibem a formação de
espumas em alimentos.

Anti-oxidantes
Actuam como conservantes ao inibir os efeitos do oxigénio sobre os alimentos, sendo em geral benéficos para a saúde (a
Vitamina C é um exemplo).

Agentes de volume
São incorporados para aumentar o volume do alimento, sem alterar as suas características (por exemplo
amido).

Corantes
Adicionados para substituir cores perdidas durante a preparação ou para tornar os alimentos mais atractivos.

Fixadores de cor
Utilizados para preservar a cor original dos alimentos.

Emulsionantes
Fazem com que a água e óleos permaneçam misturados numa emulsão, como na maionese.

Aromatizantes
Dão aos alimentos sabores ou aromas particulares, podendo ter origem natural ou artificial.

Intensificadores de sabor
Intensificam o sabor original dos alimentos.

Humidificantes
Evitam que os alimentos sequem.

Conservantes
Previnem ou inibem os estragos causados nos alimentos por
fungos, bactérias, e outros microorganismos.

Estabilizantes, espessantes, gelificantes
Como o
ágar ou a pectina (utilizada em compotas) conferem aos alimentos texturas mais firmes. Não sendo verdadeiros emulsionantes, ajudam a estabilizar as emulsões. Os espessantes aumentam a viscosidade dos alimentos sem alterarem significativamente as suas restantes propriedades.

Edulcorantes (adoçantes)
Alteram o sabor dos alimentos. Adoçantes, que não o açúcar, são adicionados para reduzir a energia fornecida pelo alimento ou porque têm efeitos benéficos em casos de doenças, (por exemplo
diabetes).

Outras
Outras categorias de aditivos menos numerosas são: endurecedores; espumantes; dispersantes de gases em alimentos líquidos ou sólidos; levedantes químicos; os agentes de transporte incluindo solventes de transporte; sais de fusão; dispersantes de proteínas; agentes de brilho e protecção superficial; amidos modificados; gases de embalagem e propulsores; complexantes de metais.